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Marcelo Boeger, Coordenador do 
Comitê FM em Serviços de Saúde da ABRAFAC

No Texas, Marcelo Boeger visitou empresas prestadoras de serviços, redes hoteleiras e instituições de saúde

Durante 40 dias Marcelo Boeger, coordenador do Comitê FM em Serviço de Saúde da ABRAFAC visitou os estados da Florida, New Orleans, Novo México, Colorado, Illinois e Texas em uma bleisure trip que resultou em uma série composta por três matérias.

A viagem mesclou business (negócios) e leisure (lazer) – seguindo a tendência mundial de viagens corporativas que ganhou força no pós-pandemia – com o diferencial de acrescentar aos pontos de interesse as últimas tendências do Facility Management sob o viés da hospitalidade em ambientes de saúde.  

“Aproveitei a viagem de Natal e Ano Novo em família e ´estiquei´ para visitar algumas empresas, redes hoteleiras e instituições de saúde para conhecer mais sobre as novas tendências do setor”, conta Boeger.

Outros pontos de interesse observados durante a viagem foram: a capacidade de predição para aumento de qualidade em serviços e a força de trabalho operacional no atendimento a protocolos e processos.

Crescimento econômico e FM no mesmo compasso

No Texas, em especial, o coordenador destinou mais tempo e pode detectar pontos de interesse como o Novo Vale do Silício, próspera região que compreende as cidades de Austin, Dallas e Houston. Lá estão instaladas novas estruturas, modernos escritórios e headquarters das maiores empresas globais de tecnologia que, inclusive, não param de chegar na região.

“Penso que o gestor de Facility Management tem de acompanhar as inovações dos vários setores da economia para continuar sempre atual e eficiente em seu mercado de atuação”, destaca Boeger na primeira reportagem da série.

“As empresas prestadoras de serviço para as áreas de FM devem compreender as necessidades e o timing daqueles que as contratam. Imagina uma região inteira renovada e planejada para a maior eficiência possível, em todos os setores, no core business e na sua estrutura predial. Qualquer traço de ineficiência – em quaisquer serviços – salta aos olhos em um ambiente onde todo ecossistema está conectado e fluido”, ressalta o especialista.

Desta forma, a integração de modernos escritórios e tecnologias, espaços coletivos e sustentáveis passam a figurar na rotina dos profissionais de FM.  “Grande parte da massa de profissionais que chegam à região, estava baseada na Califórnia, mas se adaptaram rapidamente devido à qualidade de vida, bom clima e boas perspectivas”, aponta Boeger.

Soma-se a isso o fato de o custo de vida no Texas ser cerca de 50% menor que na Califórnia, além de outros atrativos do estado texano que geram incentivos corporativos e pessoais, como, por exemplo,  não haver cobrança de imposto de renda e menor alíquota do imposto sobre vendas.

“Para se ter ideia, na pequena cidade satélite de RoundRock – que utilizei como base para toda a viagem – a taxa de crescimento da população foi de 19.6%, de acordo com dados divulgados pelo U.S. Census Bureau (departamento de censo dos Estados Unidos). Isso equivale a 100 novos moradores por dia, com projeção de aumento de 65 mil pessoas até 2040.

Se anteriormente o Texas era conhecido pelos setores de petróleo, gás e real estate, agora o estado integra os principais hubs de tecnologia e inovação, abrigando gigantes corporativas como a Tesla (com mais de 10 mil novas posições de trabalho criadas), Space X, Oracle, HP, Samsung, Charles Schwab, Toyota, Amazon, TikTok e Google – esta última com mais de 11 mil postos de trabalho em Austin.

O aumento de volume também já pode ser sentido no tráfego local, na concentração de pessoas em espaços públicos, na expansão da construção civil nas áreas residencial, corporativa e hoteleira, assim como a intensa busca por short-term rental (aluguel de curto prazo).

Setor de saúde também acompanha o ritmo de crescimento

Diante de tamanha expansão, uma pergunta se destaca: e quando todo esse contingente de pessoas precisar de serviço hospitalar? Os seis hospitais da região estão em expansão, com duplicação da capacidade instalada e ajuste de serviços para atender a demanda. 

“Há um aumento significativo no número de atendimentos e internações, 35% a mais somente em pronto atendimento no segundo semestre de 2023”, salienta Boeger, considerando dados divulgados recentemente.

Ainda de acordo com ele, diante desse novo cenário, os tomadores de serviço buscam inovação, resolutividade, sustentabilidade, agilidade, flexibilidade e relacionamento por parte dos prestados de serviço.

Desta forma, fornecedores de serviços como segurança patrimonial, higiene e limpeza, alimentação e manutenção precisam estar conectados intimamente com seus clientes, pois participam indiretamente das estratégias. “E devem renovar constantemente as formas de entrega, incorporando novas tecnologias, além da adoção de iniciativas socialmente conscientes e sustentáveis”, aponta o especialista.

Boeger acrescenta: “neste novo contexto não se pode correr o risco de ficar preso na zona de conforto, pois serão superados por empresas mais ágeis, enxutas, leves e com respostas mais rápidas e disruptivas. Não podemos ter medo de inovar, de ousar e repensar o modelo. Mas sem nunca deixar de fazer o básico bem-feito, no tempo e preço certos.”, conclui.

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