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Publicado em 25 de abril de 2024

O novo momento que vivemos em relação ao mundo do trabalho, seja presencial, remoto ou híbrido, nos convida a uma reflexão: o que realmente mudou e como isso impacta os negócios? As mudanças nos ambientes de trabalho, que não são apenas rápidas, mas também profundas, ganham contornos ainda mais complexos quando temos dentro das empresas vários perfis de profissionais e gerações com diferentes expectativas e necessidades, que demandam que as empresas repensem seus modelos de trabalho e o que oferecem para atraí-los e engajá-los.

O local de trabalho existe agora dentro e fora das suas tradicionais quatro paredes e deve ser mais flexível, dinâmico e escalável, sempre conectando pessoas, espaços e sustentabilidade. E ao entendermos que a experiência positiva de um profissional reflete em uma melhor produtividade e performance, e que isso está diretamente relacionado aos resultados da companhia e à sua reputação como marca empregadora, trazemos um olhar ainda mais atento às tendências.

As empresas que perceberam que estamos vivendo uma evolução sabem que acompanhar e se ajustar no tempo correto é a chave de sobrevivência de seus negócios, independente do setor de atuação. Ainda que existam muitos desafios, o entendimento é simples: colaboradores satisfeitos ajudam as companhias a entregarem mais e melhor para seus clientes, gerando resultados mais robustos. Nesse sentido, investir na retenção de talentos não é mais uma questão de escolha, mas de estratégia.

Abrir a escuta para o público interno e acompanhar tendências não só nos permitem corrigir a rota como apontam direções mais assertivas. Foi o que constatou a pesquisa “A experiência da vida no trabalho¹”, realizada pela Sodexo em seis países, incluindo o Brasil. No estudo, foram identificadas as necessidades dos colaboradores em diferentes empresas de serviços corporativos.

A busca por qualidade de vida, conveniência e bem-estar dá o tom das principais demandas dos colaboradores, o que inclui a expectativa por flexibilidade nos modelos de trabalho (remoto, presencial e híbrido) para o maior engajamento: 70% dos respondentes brasileiros preferem o híbrido (acima dos 64% da média mundial). Num formato ideal, o trabalho remoto deve acontecer de um a dois dias por semana, sendo que o colaborador espera ter a liberdade de decidir quando ir presencialmente.    

No Brasil, o estudo apontou ainda que 36% entrevistados vão para o escritório quando têm reuniões presenciais, precisam contribuir em projetos (36%), querem socializar com os colegas (27%) ou aprender algo com alguém (21%), buscam serviços de TI (28%). Os profissionais querem aumentar sua produtividade, mas sem deixar de lado a troca humana e a construção de conhecimento. 

A estrutura física importa cada vez mais: em suas atividades presenciais, as pessoas buscam conforto e funcionalidade. No Brasil, 31% dos colaboradores apontaram que iriam mais frequência para suas empresas se encontrassem estações de trabalho agradáveis, com boa iluminação, qualidade do ar, temperatura adequada e ausência de ruídos. Além das “zonas de foco”, onde podem se concentrar em suas tarefas sem distração. São expectativas que demandam investimentos para repensar a arquitetura e o design dos espaços. 

As tendências também apontam novas relações com a alimentação no trabalho. Cada vez mais, as pessoas buscam refeições saudáveis e que considerem a sustentabilidade, além de opções que atendam a diversos perfis. Os novos hábitos alimentares também estão atrelados à socialização: além das refeições principais, demandam que os escritórios tenham cafeterias, lanchonetes e opções de conveniência de comidas e bebidas durante o expediente. Isso explica que entre os países pesquisados, o Brasil seja o que apresenta a maior quantidade de áreas para o café (36%, acima da média mundial de 29%). 

Ante tantos desafios, a verdade é que novas demandas por parte das pessoas, e conseguentemente os trabalhadores, e a transformação do mercado vão continuar acontecendo. E na busca por mais propósito, flexibilidade e equilíbrio, vamos precisar continuar com a escuta ativa, sentindo a temperatura e sendo inovadores para valorizar ainda mais o bem-estar como um igrediente essencial da produtividade e do engajamento no trabalho, seja ele exercido onde for, ao mesmo tempo que os negócios são fortalecidos.

Hamilton Quirino é vice-presidente de Serviços Corporativos da Sodexo Brasil.

Fonte:

¹ A pesquisa global A Experiência da Vida no Trabalho, foi encomendada pela Sodexo e realizada pela YouGov com 5.595 trabalhadores do setor privado em seis países: Brasil, França, Reino Unido, Estados Unidos, Índia e China.

Hamilton Quirino

Vice-presidente de serviços corporativos da Sodexo

Com mais de 26 anos de experiência de mercado em diferentes atividades operacionais, comerciais e de suporte em empresas prestadoras de serviços, Hamilton Quirino é vice-presidente de Serviços Corporativos da Sodexo.

Na posição, o executivo tem como principal missão fortalecer e expandir os negócios em setores de mercado como indústrias, bens de consumo, tecnologia, farmacêutico, montadoras e aeroportos e passa a integrar o Comitê de Liderança Executiva da região, além de ser “padrinho” do SoTogether, um conselho consultivo da Sodexo que se propõe a pensar e discutir ações e iniciativas em prol da equidade de gênero e da luta contra a violência feminina.

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Gestão de Negócios Internacionais pela Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP, Quirino atuou nos últimos 7 anos como diretor de Operações das Contas Globais de Serviços Corporativos da Sodexo.

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