Você já deve ter ouvido falar em IoT, ou a “Internet das Coisas”, um conceito que continua a se espalhar com imensa velocidade pelos mais diversos mercados – inclusive na área de facilities management. De forma simples, a IoT consiste numa rede de sistemas conectados à internet que possibilita a automatização da coleta e envio de dados provenientes de ambientes, equipamentos e objetos em geral. Assim, por exemplo, em vez de contar com uma ou mais pessoas para verificar se determinados aparelhos estão mesmo ligados ou funcionando corretamente, ou se um ambiente está mesmo com todas as luzes apagadas, com a IoT, esses dados podem ser coletados, armazenados e/ou compartilhados automaticamente em tempo real. A partir da análise dessas informações, fica muito mais fácil tomar decisões com rapidez e assertividade, reduzindo desperdícios operacionais, aumentando a segurança dos ambientes e prolongando a vida útil dos equipamentos, entre muitos outros ganhos.
Alguns exemplos práticos das soluções são: Sensores instalados em ativos. Dos mais simples, tais como nas papeleiras dos sanitários com objetivo de informar a gestão o consumo médio em cada ambiente para dimensionar de forma mais assertiva as compras dos insumos e elaborar o planejamento da rotina dos times operacionais. E os times operacionais responsáveis pela execução da atividade por sua vez podem receber automaticamente nos seus smartphones quando é hora de reabastecê-las evitando deslocamentos desnecessários. Também podemos explorar a tecnologia em consonância com políticas de ESG, como por exemplo com uso de sensores ligados a estações meteorológicas que evitam desperdícios de uso água na irrigação do solo. Outros dispositivos podem monitorar o fluxo de pessoas em determinados espaços permitindo, às equipes de limpeza e de segurança, identificar demandas específicas que venham a surgir em decorrência dessa movimentação. Projetos mais sofisticados, com uso de Sensores, QR Codes, RFIDs, podem monitorar equipamentos ou ambientes críticos, através de telemetria, termografia, análise vibratória, análise pluviométrica, umidade relativa, entre outras alternativas analisando caldeiras, centrais de ar-condicionado, chillers, equipamentos médicos, malls, galpões, salas cirúrgicas, áreas de produção industrial, alimentícia e etc. A adoção destas tecnologias a depender da sua aplicação afeta diretamente o usuário final dos serviços, por meio de conforto térmico, controle de luminosidade dos ambientes, marketing olfativo ou mesmo pesquisas de satisfação que visem capturar a experiência do cliente nos diversos possíveis pontos de contato com o serviço ofertado. É claro que, individualmente, essas soluções geram alto valor agregado, mas o grande desafio está na integração e interoperabilidade das tecnologias nos sistemas de gestão operacional e com os ERP’s de mercado.
“Certamente quanto melhor preparadas as empresas de Facilities Management com sistemas e soluções customizáveis aos diferentes desafios maiores serão as oportunidades de crescimento. Está muito claro que a grande vantagem da IoT é sua capacidade de ampliar a sinergia entre as equipes responsáveis pela limpeza, segurança, manutenção e outros serviços de apoio realizados num determinado contrato. Também já sabemos que, quanto maior a integração dos sistemas de monitoramento utilizados em cada equipamento e em cada espaço, maiores serão os ganhos em termos de rastreabilidade, confiabilidade e eficiência operacional.
Mas, para que isso seja verdade, é preciso contar com sistemas robustos e inteligentes.”
Filipe Ferreira
Diretor Comercial na área de serviços em saúde na Verzani & Sandrini. Graduado pela Unisantana, com especialização em Gestão Ambiental pela Unifesp e MBA na Fundação Dom Cabral, Ferreira tem mais de duas décadas de experiência na área de facilities, além de prestar serviços de consultoria como Business Intelligence Developer. À frente de equipes de vendas e operações, colaborou com o crescimento estratégico e sustentável dos negócios nos quais atuou, tendo se destacado por sua capacidade de projetar e atingir metas, criar sinergia entre os times e otimizar processos com inteligência, foco e atenção aos detalhes.
