Um estudo da WMcCANN intitulado “A verdade sobre os jovens” traz uma luz acerca de características e necessidades da geração Z e dos Millenials. É importante notar que a chamada geração Z, entre 16 e 20 anos, é a próxima safra de profissionais que irá compor o quadro de colaboradores de todas as organizações. Todas as organizações! Essa geração traz novas demandas de suporte tecnológico e às conexões e sociais como nunca nenhuma outra.
O acesso quase irrestrito à tecnologia transformou não apenas o comportamento dos jovens, mas sua maneira de encarar o que é ser adulto. Eles não querem que “crescer e virar adulto” seja algo permanente, irrevogável. Preferem que o acesso à vida adulta seja do seu jeito, segundo a sua conveniência. Esses são alguns entre os diversos achados do estudo “A verdade sobre os Jovens”, realizado globalmente pela Truth Central, divisão de inteligência e estudos do grupo McCann.
A pesquisa ouviu mais de 33 mil pessoas, 11 mil delas entre 16 e 30 anos, segmentadas em dois grupos etários para efeito comparativo: 16 a 20 anos (Geração Z) e 21 a 30 anos (Millennials), no Brasil, EUA, Reino Unido, China, Índia, Chile, México, Japão, Espanha, Hong Kong, França, Alemanha, Itália, Turquia, África do Sul, Filipinas, Canadá e Rússia. Os demais 22 mil respondentes possuem idades entre 31 e 70 anos, e suas faixas etárias corresponderam ao perfil demográfico dos respectivos países.
Entre as mudanças comportamentais fortemente impulsionadas pela tecnologia está o fato de os jovens brasileiros de 16 a 20 anos estarem muito mais ativamente conectados quando comparados a outras faixas etárias. Eles enviam, em média, 206 mensagens por dia (versus 73 mensagens enviadas pelos usuários de internet entre 21 e 30 anos, 20 mensagens enviadas pelos que têm entre 35 e 50 anos e 17 enviadas pelos que têm entre 51 e 69 anos).
A despeito das novidades comportamentais, o estudo endossa o fato de que os dilemas fundamentais dos jovens não mudaram. Eles ainda querem encontrar a si mesmo, encontrar sua galera e encontrar seu lugar no mundo. Porém, a maneira como essa busca se dá mudou completamente.
“Foi interessante notar que, se por um lado temos esse jovem caleidoscópico, que, devido ao acesso à internet, tem um repertório de referências e pontos de vista infindáveis, por outro constatamos desafios e contingências que são universais e transversais, independentemente das gerações”, explica Debora Nitta, vice-presidente de planejamento da WMcCann e responsável pelo estudo no país.
Entre as verdades transversais à juventude, está a necessidade de “encontrar a si mesmo”, um processo cheio de ansiedade e insegurança, próprio do período de formação da identidade. Nessa fase, os amigos são importantíssimos, pois “encontrar sua galera” é essencial na definição da identidade pessoal do jovem. Por fim, “encontrar seu lugar no mundo” é a terceira dimensão desse estágio da vida, busca que se dá através dos tempos e consiste na definição de valores, paixões, ideais e parâmetro moral.
Com base nestas informações, quais os aspectos de suporte espacial seu escritório oferece hoje às conexões pessoais?
Entendendo que os escritórios de hoje atendem a três ou quatro gerações diferentes, com demandas e anseios particulares, atender às novas gerações sem prejuízo dos colaboradores mais experientes é um desafio para todos os gestores de facilities.
Trabalhar compondo soluções com variedade de montagens, enquanto dos espaços constantes e as questões culturais faz parte dos desafios de planejamento da área. Entender a cultura da liderança das áreas clientes, ajudando a identificar indicadores de performance que permitam trabalho remoto ou de uso de espaços alternativos para as atividades de trabalho pode agregar valor estratégico ao profissional de facilites.
Para tanto, é importante entender que cada colaborador tem características particulares. O primeiro passo no planejamento de uma variedade de espaços e agrupar as demandas em três características do espaço:
- Suporte Ergonômico e variação postural;
- Graus de privacidade;
- Níveis de interação pessoal e virtual.
A empresa de arquitetura americana Gensler descreve a importância do design do ambiente sobre a experiência para esse público, segundo pesquisa do seu índice de experiência:
“Um aspecto fundamental de nossa pesquisa foi quantificar o impacto do design em uma grande experiência. Sabemos que o design é o principal impulsionador de uma ótima experiência e que espaços projetados melhor geram uma experiência geral maior nos usuários. Como? Aproveitar a emoção humana é o componente-chave. Existe uma conexão direta entre design e experiência através dos sentimentos e emoções humanas. A aparência geral de um espaço influencia as emoções positivas, o que influencia a experiência positiva – e as emoções e experiências positivas estão no centro dos usuários envolvidos e engajados, conectando os funcionários ao objetivo organizacional ou os compradores à missão e à história da marca.”
Baseado nesses conceitos há que se iniciar o planejamento estratégico de uso dos espaços respondendo algumas questões:
- Quais as ferramentas de suporte tecnológico, físico, cognitivo e emocional adequados às demandas particulares dos colaboradores, especialmente dos indivíduos das próximas gerações de colaboradores?
- Como estimular o máximo potencial dos diversos perfis de colaboradores?
- Como preparar sua empresa para esta demanda nos próximos 5 anos?
Rodrigo de Calazans Ponte é Gerente de Contas Herman Miller e autor do blog workplaceStrategy.com. Atua em negócios B2B há quase 20 anos e é focado em fazer do escritório uma ferramenta de engajamento e performance, pela construção de jornadas de experiências dos colaboradores.
SEJA UM ASSOCIADO ABRAFAC E TENHA ACESSO EXCLUSIVO AO
CONTEÚDO DA BIBLIOTECA E AOS EVENTOS ABRAFAC.
CLIQUE AQUI E ASSOCIE-SE!