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No texto, Congresso & Expo ABRAFAC: Dicas para uma edificação eficiente, apresentamos como foi a fala do Jorge Gennari, Presidente da BCA Chapter Brasil (Building Commissioning Association), sobre as vantagens de um projeto que possui um sistema focado em eficiência energética. Hoje, trazemos a contribuição de Leonilton Tomaz Cleto, da ASHRAE Chapter Brasil, para o tema Os impactos da operação de sistemas prediais sobre o desempenho das edificações. 

Engenheiro Mecânico, com ênfase em Refrigeração e Ar Condicionado formado pela FEI – Faculdade de Engenharia Industrial, em 1986, Leonilton atua em processos de comissionamento para sistemas existentes e como consultor em processos de comissionamento para novos sistemas.

O palestrante levantou a seguinte questão: qual o motivo para se pensar em uma refrigeração eficiente? “Geralmente, temos um impacto na alteração do sistema existente. E esse impacto traz resultados que não só afetam a questão energética, mas todo o aspecto estrutural de uma edificação”. 

Segundo o especialista, quando se fala de impacto operacional, a primeira coisa que todos pensam é sobre eficiência energética, o que parece ser um desafio.

“Quando falamos de ar condicionado, principalmente em edifícios existentes, uma das maiores demandas é em relação a melhoraria na eficiência energética de um sistema de refrigeração. Esse ponto nos chama atenção como um sinal que alguma coisa não vai bem com o sistema atual”.

Leonilton até concordou que a parte de consumo de energia e manutenção alonga a vida útil de um prédio e são na verdade um dos grandes consumidores do investimento e custo de um edifício. Mas então levanta uma nova questão: Como economizar energia nesses sistemas de ar condicionado em uma estação como o verão? 

O palestrante então provocou citando algumas “dicas”: 

  • Elimine os filtros dos condicionadores ar: dessa forma é possível economizar 5 a 7% de energia no sistema; 
  • Aumente a temperatura da água gelada; 
  • Desligue sistemas que oferecem mais qualidade do ar: mesmo que isso possa causar doenças nos colaboradores; 
  • Por último, desligue todo o sistema: assim podemos economizar até 100%.

O especialista então convidou a plateia para uma importante reflexão. “Perceberam algo? Na verdade, o grande custo não é a operação, nem a manutenção e não é ter um sistema eficiente. O maior custo está no bem-estar das pessoas, dos colaboradores”. 

“Temos de pensar que, ao falar de ar condicionado e eficiência energética, não se trata de um sistema para economizar energia, mas sim de oferecer conforto no ambiente”, expôs. 

Leonilton acrescentou que qualquer medida de economia que diminua o conforto da equipe é inviável. “Um colaborador em um ambiente muito quente ou muito frio, será menos produtivo, pois ele vai sair mais do escritório”. 

Eficiência operacional em risco 

O palestrante apontou alguns fatores que afetam a eficiência operacional, mesmo se tratando de Edifícios com bom projeto: 

  • Alterações no projeto original; 
  • Projeto mal executado; 
  • A utilização de componentes baratos e não confiáveis; 
  • Controle: “um dos grandes problemas de mau desempenho do ar condicionado, incluindo o consumo de energia, está relacionado ao controle – a automação, por exemplo”; 
  • Operação não eficiente; 
  • Usuário ruim: “falamos de sustentabilidade, porém, insistimos na formalidade. Fazemos campanhas para se fechar a torneira, não deixar a luz acesa, mas ainda usamos terno mesmo em um dia que faz 30 graus. Deveríamos nos adequar ao clima em que vivemos. Isso pode representar até 25% a mais no consumo”. 

Leonilton refletiu sobre outro desafio para se conquistar uma eficiência na refrigeração: a transição entre quem faz o projeto e quem o executa. “Devemos perceber, durante o projeto, se não houve o comissionamento adequado, ou se não houve uma transição eficiente para quem vai fazer a operação. Muitos nessa fase nem sabem o significado de coisas que estão no projeto”. 

Mais qualidade e produtividade 

O especialista explicou que a ASHRAE Chapter Brasil tem como foco todos os sistemas prediais, não somente de refrigeração. “A ABRAFAC é um dos membros, entre os 300 membros que a ASHRAE possui, funcionando há 15 anos no Brasil”. 

Leonilton ressaltou que muitos resultados não são necessariamente identificados no custo, mas sim na eficiência, gerando impactos positivos em outras questões. “Isso é resultado de 29 projetos, 97 melhorias, desenvolvidos por dois laboratórios nos EUA. Aqui no Brasil, desenvolvemos esses projetos de maneira parecida”. 

De acordo com o profissional, o impacto no conforto e com a qualidade do ar é algo em torno de 40%. Os ganhos em produtividade são em torno de 5%. “E isso já vale muito mais do que qualquer aspecto da eficiência energética&
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. 

“Quando fazemos um condicionamento, também temos resultados energéticos”, concluiu. 

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