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Por que o profissional de Facilities precisa se preocupar com os padrões internacionais do setor? O 12º Congresso & Expo ABRAFAC 2017, que ocorreu nos dias 4 e 5 de outubro de 2017, no Tivoli Mofarrej Hotel, em São Paulo, contou com a participação especial de Stan Mitchel, CEO da Key Facilities Management. Vindo do Reino Unido, ele veio ao Brasil falar sobre Padrões Internacionais em Facility Management. 

Stan viaja extensivamente a todos os continentes do mundo para comunicar a compreensão e os benefícios relacionados ao Gerenciamento de Facilities como uma disciplina profissional. “Precisamos estabelecer padrões com o conhecimento e experiência para fazer nosso trabalho ainda melhor”, respondeu Stan, em relação à pergunta que abre esse texto. 

Segundo Stan, ao criar padrões é necessário que, a cada 5 anos, eles sejam renovados, finalizados ou que sejam feitas novas emendas. “Em 2011, o CEN (Comitê Europeu de Padrões FM) apoiou para que esses padrões fizessem parte do ISO (Organização Internacional de Normalização)”. 

“Aqui no Brasil vocês possuem um corpo de padrões que pertencem ao ISO 2011, que é o mais importante em qualidade”, explicou Stan.

Em 2003 se deu início os padrões de FM na Europa. “Em 2011 criamos Comitê Técnico. Em 2017 criamos o primeiro The First International FM Standard”. 

De acordo com o especialista, são 43 países envolvidos nesse comitê de FM. “Em qualquer país do mundo, existe um padrão que pertence ao ISO e eles podem participar na evolução desse padrão. Formamos esse comitê para que cada país tenha o direito de levantar a mão e dizer ‘queremos liderar essa parte, nesse comitê’”.

Stan explicou que existem duas categorias de desenvolvimento. Um deles são os participantes, membros que estão envolvidos e contribuindo para o debate. A outra categoria é formada pelos observadores, que não se envolvem diretamente, mas querem saber do progresso e cobram toda a documentação.

“Dentro do nosso comitê você cria grupos de trabalho, em que as pessoas colocam a cabeça para trabalhar e criar novas normas. Um desses grupos criou o ISO 41.011, que trata só de vocabulário. Esse padrão é importante porque no FM não falamos todos a mesma língua. Por isso, precisamos uniformizar a mensagem”, expôs. 

Qual a definição de Facilities?

Stan afirmou que os padrões ajudam também a compartilhar e educar sobre o que é a profissão de FM. “Passamos muito tempo debatendo se o termo ‘facilities’ seria no singular ou plural, então percebemos que eram a mesma coisa, mas escolhemos nos referir apenas por ‘FM’ para evitar discórdia”.

O palestrante revelou que outro grupo do comitê trata sobre fontes de estratégia e acordos. “Termos práticos do nosso trabalho diário. Esse é um padrão muito bom de trabalho e uma referência muito boa sobre como trabalhamos com estratégias e como usamos esses acordos, tanto de FM ou do setor terceirizado”. 

Outro grupo demonstra grande potencial, pois desenvolve um tópico para se criar normas exclusivas. “Profissionais que usaram o ISO, disseram que a performance alcançou a marca de 100% de melhoria. Em termos de finanças?, 55% disseram conseguido economias dentro da empresa. Em termos operacionais, houve um crescimento de 75% de eficácia na organização. Aqueles que estavam envolvidos nos serviços, disseram que aumentaram 75% de serviços, SAC e programas de lealdade. 71% adquiriram novos clientes e conseguiram reter os clientes existentes”, revelou. 

“O uso de padrões internacionais são importantes por isso. Eles geram eficiência nas organizações. Olhando os resultados, foram melhores que sonhávamos para ampliar a produtividade nessa área”. 

Stan disse que na última reunião do comitê participaram 44 especialistas, além de ter sido aberta uma consulta pública. “Alguns comentários levamos em consideração. Em março será publicado, passando por uma pequena burocracia e traduzido para outras línguas”. 

“Esse documento foi baseado nesse plano e filosofia. Dentro desse padrão, entramos no contexto da organização, passamos das diretrizes para a liderança, sobre o que deveria ser desenvolvido e avaliado. Depois fomos para o planejamento que envolve risco e negócios, sentamos e debatemos sobre objetivos, apoio, suporte, cadeia de fornecimento, requisitos técnicos e falamos sobre as operações. É tudo bem descritivo”, esclareceu. 

O palestrante afirmou que nenhum dos envolvidos possui todas as respostas, por isso congressos, como o da ABRAFAC, são importantes. “Esse processo é exatamente isso, para sermos os mais eficientes possíveis”.

Ele revelou que a próxima reunião é em Bogotá, em maio de 2018. “O primeiro na América Latina. E por que a Colômbia? Porque eles entraram no comitê! E vamos mostrar que nosso trabalho é em conjunto”. 

Stan avisa que eles estão trabalhando no ISO 17.021–11. “Quando fizermos a publicação dessa norma, isso se torna acreditado. Você pode ter a certificação e acredito que isso vai começar a importar mesmo. Se conseguirmos que organizações e governos comecem a funcionar com os padrões, como outros setores, vamos começar a criar um benchmarking para nós. Estamos estabelecendo esses padrões e isso é importante”. 

O que vai acontecer no futuro? Stan avisa que isso não depende dele. “Tem alguma coisa no Brasil que vocês acham importante? Vocês deviam nos dizer! Estamos na estrada, temos o comitê para isso”. 

O palestrante esclareceu que para o Brasil participar, precisa formar um grupo com especialistas, formar um comitê com representantes em todos aspectos, terceirizados e de outros setores. Surpreender-me-ia se vocês não forem aceitos depois disso. Automaticamente vocês podem participar”. 

Em tempo: o Brasil já está em contato para participar das definições do ISO em Facilities, por meio da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).&n
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