“A associação é uma referência para o setor, no nível nacional e internacional. São poucas palavras, mas que significam muito. A associação busca difundir informações da área, notícias, atualizações, debates, matérias, vídeos, de interesse àqueles que consideram importante manter e gerir suas edificações da melhor forma possível, desempenhando as funções às que foram concebidas”.
Com essas palavras, a gestora de Infraestrutura, sócia e conselheira Regina Yuri Umetsu define a Associação Brasileira de Facility Management Property & Workplace – ABRAFAC. Associada desde 2014, é conselheira desde 2017 e já foi premiada por ser destaque no setor.
“Tive a oportunidade de apresentar alguns trabalhos desenvolvidos juntamente com outra conselheira, Irimar Palombo, e em 2014, 2015 e 2017, fomos agraciadas com o Prêmio ABRAFAC Melhores do Ano. Fiquei supercontente, pois é um reconhecimento do esforço pessoal e profissional”, conta Regina.
Em julho, a ABRAFAC comemorou 16 anos e deu início à série de reportagens que homenageia os membros que fazem parte dessa história. Entre eles, Regina destaca-se por sua participação e comprometimento.
Além disso, na visão de Regina, integrar a ABRAFAC é uma oportunidade de conhecer pessoas do ramo e de outras disciplinas, o que pode propiciar novas ideias, soluções, novos negócios e melhoria contínua.
“A importância é para o setor, mas os benefícios podem resultar em algo maior, grandioso. Ou seja, ver o resultado do trabalho de cada um extrapolar os limites dos portões da organização, da empresa, do escritório, enfim, do local de trabalho. Vamos imaginar que é bem agradável entrarmos em um local bonito e funcional, e, sem saber, levamos esse bem estar ao longo do dia. Em outras palavras, esse poder pode ser o diferencial para nos trazermos de volta ao local, àquela loja, consultório, escritório, museu, clube o que for, ou até mesmo fechar um novo negócio”, afirma.
História com Facilities
O primeiro contato de Regina com o setor de Facilities foi na primeira empresa onde trabalhou, há cerca de oito anos. Foi quando ouviu essa palavra pela primeira vez e achou um vocabulário diferente, “inusitado”. Notou que era difícil alguém conseguir explicar com exatidão o que um profissional desta área faz.
“Explicavam que se a pessoa não conseguir facilitar sua vida não está desempenhando plenamente sua função. ‘Lembre-se da palavra facilitar sua vida’, eu ficava me perguntando de que forma alguma pessoa poderia me ajudar no que faço? Era uma mistura de logística, compras, layout, segurança pessoal, patrimonial, isso tudo seria facilitar minha vida? Enfim, mudei de emprego, e voltei a escutar esta palavra com maior frequência, e depois de um tempo me associei à ABRAFAC e percebi que realmente a situação é essa, o facility manager tem uma função interdisciplinar para integrar pessoas, propriedade, processo, melhorar a qualidade de vida e produtividade”, relembra.
Regina conta que tem participado como voluntária na Comissão de Estudos da ABNT, CE-267 – Gerenciamento de Facilities. A participação em outras comissões da ABNT também tem sido uma grande contribuição para o setor, além de manter-se atualizada quanto a parâmetros que serão referência para o setor no Brasil.
“A importância do setor de Facilities é integrar as diversas disciplinas para promover o bem estar que todos merecem, aliados aos interesses na empresa e aos propósitos para qual foi criada”, considera.
“As pessoas que dão sentido aos negócios, à sociedade, às inovações, enfim, à vida como deve ser, são fundamentais e o termômetro que indicam se estamos no caminho correto ou se necessita de ajustes. O setor cresce em função das pessoas que a cada dia têm novas ideias, sugestões, a sociedade evolui e demandam novas necessidades, e o facility manager está lá para integrar, pessoa, propriedade e processo”, afirma também.
Trajetória profissional
Atualmente, Regina é gestora de Infraestrutura no Sesc – Serviço Social do Comércio. O foco do trabalho é a implantação de um software, para que as atividades de manutenção sejam inseridas nele e potencializadas quanto à sua gestão, de forma integrada e padronizada.
Regina conta que o objetivo é possibilitar a obtenção de dados de todas as Unidades Operacionais e, assim, “contribuir para que possamos tomar melhores decisões com base em informações. É um trabalho multidisciplinar, a diversas mãos, discussões, grandioso, e tem sido bem desafiador”.
A profissional é engenheira Civil, formada na Escola Politécnica da USP, e com pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho na mesma instituição. Hoje, faz MBA em Gerenciamento de Projetos na FGV.
“Trabalhei na Tesis – Tecnologia de Sistemas em Engenharia – por 15 anos, anteriormente ao ingresso no Sesc. Como engenheira de Programas Setoriais da Qualidade do PBQP-H, Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat, desde o final do curso de Engenharia Civil, ainda como estagiária, felizmente fui convidada a integrar o corpo de funcionários ao terminar a graduação. Trabalhava com qualidade em materiais para construção civil, com ensaios laboratoriais, acompanhamentos, relatórios de conformidade e não conformidade, planejamento, auditorias, normalização entre outras atividades que envolviam a função”, detalha.
“Trabalhando na área de infraestrutura no Sesc, uma instituição com diversas edificações e área construída perto de 1 milhão de metros quadrados, vejo que os procedimentos, o consumo de utilidades e a manutenção estão seguidos, acompanhados e bem mantidos, e fico contente por fazer parte de tudo isso”, finaliza.
Por Jéssica Marques/Foco 21 Comunicação