Análise de riscos, tecnologia x capital humano, inteligência artificial, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e qualificação profissional foram alguns dos temas colocados em pauta no “FM Debate ABRAFAC”, primeiro evento presencial do ano organizado pela ABRAFAC – Associação Brasileira de Facility Management, Property & Workplace.
Sob o tema “A importância da gestão dos sistemas de segurança na preservação do patrimônio”, o “FM Debate” apontou diretrizes para os cerca de 50 profissionais que se reuniram, no último dia 27 de abril, na sede da Athié Wohnrath.
Mediado por Edilaine Siena, diretora de desenvolvimento de negócios do Grupo GPS, o evento teve como convidados Ricardo França, gestor de segurança na Mosaic, e Vitor Martins, gerente nacional de vendas da Genetec.
A abertura foi conduzida pela Diretora de Eventos da ABRAFAC, Maristela Serpejante, e contou com a participação de Sergio Athié, sócio-fundador da Athié Wohnrath, que destacou a importância do setor de Facility Management para todos os players de negócios.
A Presidente da ABRAFAC, Irimar Palombo, abriu o evento oficialmente com a apresentação da Associação, abordando o escopo de atuação e os planos para 2022.
A mediadora Edilaine Siena abriu os trabalhos conceituando o tema central do debate e sua importância no dia a dia dos gestores de Property, Workplace e Facility Management.
O palestrante Ricardo França, da Mosaic, afirmou que muitos são os detalhes a serem analisados pelos gestores de FM para a contratação de uma equipe de segurança, sendo o primeiro deles a realização de uma análise de risco, que deve levar em conta todas as necessidades da empresa, por meio de um mapeamento geral. Afinal, más contratações podem refletir-se imediatamente, de forma negativa, nos negócios da empresa.
“É muito comum que o serviço de segurança seja visto como um custo adicional, levando o gestor a optar por projetos mais baratos, sem as devidas análises, como homologação das empresas prestadoras do serviço, cumprimento das normas, qualificação e habilitação dos seus colaboradores de acordo com os postos e ações necessárias. Sem estes cuidados, a implantação pode ficar comprometida, chegando até a provocar prejuízos financeiros”, explicou.
Já o gestor Vitor Martins, da Genetec, argumentou que vários são os fatores que impactam diretamente na segurança de uma empresa, como a evolução das tecnologias, a integração e o armazenamento de dados, a automação dos sistemas, o uso das informações disponíveis por meio dos softwares, além da proteção de dados e da prevenção contra ataques cibernéticos.
“É neste contexto que a responsabilidade dos gestores de Facilities aumenta, pois respondem pela interface dentro das empresas, sendo a conexão entre todos os departamentos, como de TI, compras, marketing, RH, administrativo, entre outros.
Martins levantou ainda outro ponto relacionado à segurança da informação – a adequação dos sistemas necessários para o cumprimento das exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), posto que, apesar de já estar em vigência desde 1º de agosto de 2021, esta legislação ainda é um ambiente novo no Brasil.
“As empresas que ainda não se adaptaram, precisam fazê-lo com urgência e implantar as condições exigidas, para não sofrerem penalidades, pois são multas pesadas”, advertiu.
Outro tema que ganhou destaque no evento foi a tecnologia versus o capital humano, pois segundo os participantes trata-se de uma relação complexa, embora estes itens se complementem. “Neste contexto, o profissional à frente de qualquer sistema precisa de qualificação adequada, para promover a correta operação dos sistemas que envolvem novas tecnologias, softwares, automação e afins”, concordaram.
O evento foi encerrado com uma visita guiada às dependências do escritório da Athié Wohnrath, ação que proporcionou uma experiência única diante de muita inovação, tecnologia e ousadia, portanto, um ambiente onde se respira criatividade.
Representantes da diretoria da ABRAFAC, de empresas do FM e do setor cliente marcaram presença no “FM Debate”.
