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Até onde a sua gestão de facilities consegue satisfazer seus funcionários e refletir em produtividade? Os que possuem deficiência são atendidos com plantas que visam oferecer acessibilidade em momentos de urgência? A carreira deles é planejada em conjunto ou sua empresa segue apenas a obrigação de cotas? A empresa aplica a importância de diversidade racial e de gêneros dentro da organização? Se a maioria de suas respostas foi “não”, é preciso refletir.

Questões como sustentabilidade e responsabilidade social não são apenas conceitos de empresas modernas, mas sim estratégias que visam benefícios em toda a cadeia produtiva, visando empoderamento, engajamento e maior participação de funcionários, o que sempre leva a resultados de ganho em produtividade e renda. E o mais importante que isso: a empresa se torna uma agente da mudança, ampliando a perspectiva de propósito e refletindo ativamente o seu dever com a comunidade ao redor. 

O 12º Congresso & Expo ABRAFAC 2017, que ocorreu nos dias 4 e 5 de outubro de 2017, no Tivoli Mofarrej Hotel, em São Paulo, ofereceu muita reflexão para seus participantes. Um desses momentos inspiradores veio com a palestra “Inclusão em Facilities”, realizada por Lenaldo Ribeiro, Supervisor de Manutenção na Monsanto.

Lenaldo descreveu como foi empregada uma cultura voltada à inclusão e diversidade e como ela consegue enriquecer todo o ambiente interior e também a comunidade ao redor. Uma das principais ações é a equidade de gênero.

“A unidade Monsanto de Camaçari é constituída por 73% de funcionários do sexo masculino e 27% do sexo feminino, porém, 35% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, e isso já é um indicador de inclusão e diversidade”, avaliou o Supervisor. 

Lenaldo contou que sua experiência desde o chão de fábrica, o ajudou a moldar esse importante conceito, que leva em consideração o empoderamento completo de funcionários, desde a satisfação profissional até a pessoal. “É importante termos o engajamento dos funcionários, pois buscamos conectar as pessoas com seus objetivos profissionais e pessoais, de modo que possamos atingir nossos resultados como empresa, manter uma competitividade em termos de negócios, mas oferecer também satisfação ao funcionário”. 

Para isso, ele destacou várias iniciativas que buscam reforçar a conexão entre líder e liderado: “Realizamos workshops de desenvolvimento, ‘people day’ (dia dedicado exclusivamente às pessoas), programa de desenvolvimento aos engenheiros, café com a liderança (todo mês os funcionários participam desse café, incentivando a conexão de pessoas com pessoas, lideres e liderados), programa de desenvolvimento de especialistas técnicos, e etc. 

Comunidade ao redor 

Lenaldo destacou que outro pilar levado em conta na empresa é sua ação com a comunidade ao redor. “Estamos sempre abertos ao diálogo, por isso queremos deixar claro o que fazemos. Promovemos visitas à universidades e escolas, oferecemos cursos de primeiros socorros, investimos em vários projetos como coral de crianças, cinema, biblioteca, entre outros. Tudo em torno da nossa unidade”. 

O Supervisor deixou claro que a intenção não é apenas fazer ação de voluntariado, mas sim criar conexão com diversas entidades na comunidade, tanto da parte educacional, quanto de prefeituras, associações e etc. Além disso, ele destaca que são realizadas ações visando preservar o meio ambiente. 

Facilities e funcionários empoderados 

Lenaldo revelou que a Gestão de Facilities tem grande importância nessa ação com funcionários e o Recursos Humanos é apenas um apoio. “Temos projetos que visam melhorar a qualidade de vida dos funcionários, que promovem a prática de esportes, nutricionistas e etc. 

“Trabalhamos com ações de inclusão de diversidades com pilares que abrangem assuntos de empoderamento feminino, o LGBT, as raças, entre outros”. 

Lenaldo destacou que sua formação sempre foi na área técnica, mas que, atualmente, está responsável pela área de Facilities. “Essa é a área que detém o maior número de pessoas com deficiência. As cotas foram benéficas para nos forçar na contratação delas, esse foi o começo”. 

Para o profissional é importante manter um ambiente de inclusão e cooperação das pessoas. “Queremos ser referência nesse assunto e temos um time que cuida desse assunto. Trata-se de uma mudança cultural que vem direto da alta gestão e cada pilar possui seu líder”. 

Para impulsionar as ideias, o Lenaldo afirmou que são feitas ações que visam conscientizar sobre as diferenças, incluindo a participação da liderança. “O desafio depois de incluir, é de como tratar as pessoas com deficiência, seguindo as leis que são vigentes com as pessoas da empresa. Depois, oferecer treinamento e capacitação para elas”. 

Acessibilidade e conscientização

O palestrante afirmou que a gestão é focada muito nas questões de acessibilidade. Mas não apenas superficialmente. “Em uma emergência, como cuidar das pessoas com deficiência? A planta leva em consideração isso? Por isso, cadeiras especiais e treinamento de funcionários é importante”.

Lenaldo destacou que muitas ações estão sendo levadas para outras unidades, visando uma conscientização geral. “Realizamos capacitação com líderes, com atividades focadas em mostrar a importância da planta mais acessível. Os colocamos em cadeiras de rodas, vendamos seus olhos. Isso tudo na ideia de criar empatia e a sensibilização dentro do ambiente. Essas questões nos deixam sensíveis a cada vez que nos aprofundamos no assunto”. 

O gestor deixou claro que “inclusão é tratar de forma igual em oportunidades”. “Criamos uma semana de inclus&atilde
;o e diversidade, levamos exemplos de pessoas engajadas, que são deficientes, para palestrar sobre perseverança. Lançamos o ‘Setembro verde’, o mês de inclusão social de pessoas com deficiência. Levamos para 
o Monsanto, uma esportista recordista olímpica para palestrar e falar sobre os desafios em sua vida”. 

Lenaldo explicou que a ideia é que cada funcionário com deficiência entre na unidade e conquiste seu lugar, evolua. Ele destacou que o suporte da liderança é fundamental para essas questões. “Hoje, temos liderança com grande diversidade de mulheres, deficientes, pessoas com diversas idades e etc. 

“Vivemos em tempos que está cada vez mais difícil separar o CPF do CNPJ, mas isso precisa mudar. Precisamos de uma equipe motivada, capacitada, não apenas para cumprir cotas, mas com plano de crescimento. Afinal, quem é de facilities está cuidando de pessoas. Se unirmos essas forças no facilities, vamos atingir mais resultados”, concluiu. 

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