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No painel, Stella Hiroki representou a Smart City Talks, e Roberto Engler falou em nome da IBM

O futuro do espaço construído com o uso da tecnologia foi o tema de um dos painéis da tarde desta terça-feira, 06 de outubro, no Congresso Brasileiro de Facility Management, Property & Workplace 2020. Na oportunidade, Stella Hiroki, consultora e doutora sobre cidades inteligentes, representou a Smart City Talks, e Roberto Engler, Cloud Ecosystem Development na IBM, falou em nome da empresa sobre o tema. O debate foi moderado pelo conselheiro da ABRAFAC Alexandre Ventura Martins.

Stella iniciou a fala apresentando os parâmetros para cidades inteligentes e detalhou os estudos realizados na área. A palestrante também explicou os conceitos de “governo inteligente”, “moradia inteligente”, “mobilidade inteligente”, “meio ambiente inteligente”, “cidadão inteligente” e “economia inteligente”, que definem as smart cities.

“Ao mesmo tempo em que a gente tem grandes plataformas de tecnologia, os cidadãos podem contribuir com suas ideias e tornar o espaço muito mais reativo às demandas das pessoas”, disse.

Além disso, Stella apresentou uma pesquisa que relaciona as cidades inteligentes e a pandemia. A conclusão foi que projetos tecnocráticos não se sustentam. Os principais pontos apontados como uma tendência estão relacionados à micromobilidade e à pedestrianização das ruas, além do uso do carro autônomo, para fazer a ligação entre as pessoas que moram afastadas dos espaços urbanos, para que tenham acesso ao fluxo do transporte público dentro das cidades.

Por sua vez, Engler afirmou que o censo de comunidade, orgulho de trabalhar em uma empresa e a questão da produtividade têm um ganho muito grande. Nesse quesito, o chamado “Workplace conectado” mostra-se essencial.

“A gente observa que existem funcionários que trabalham em um Workplace bem estruturado têm uma produtividade maior e menor absenteísmo. As pessoas faltam menos ao trabalho”, pontuou.

“O futuro do trabalho vai ser a interação do humano com o robô e com a inteligência artificial. Outro ponto é a questão das novas gerações. A geração Z cresceu com o iPhone e quer a experiência do trabalho igual a essa do iPhone, é uma geração mimada, que se frustra fácil. É preciso pensar o Workplace para essa geração, porque ela muda. Por fim, há a questão da guerra pelos talentos, com as novas gerações indo para o mercado do trabalho”, considerou também Engler.

Em meio às perguntas feitas pelo moderador Alexandre Ventura Martins, os palestrantes também falaram sobre as tendências para o espaço construído, com o uso da tecnologia.

Engler afirmou que a integração do prédio inteligente e das smart cities é uma área com enorme potencial de exploração no Brasil. “Hoje eu vejo várias situações em que edifícios inteligentes geram um volume de dados brutal e não são utilizados. É preciso fazer o trabalho de entender o que o dado está dizendo, estamos em um momento de criar sentido desse dado e muito em breve o poder público vai começar a demandar o metadado para que se possa ter uma visão de como está a interação com os edifícios inteligentes”.

Por sua vez, Stella afirmou que é necessário prestar bastante atenção nos espaços ociosos, não somente pela questão da pandemia, mas pelas tendências de mobilidade. “O incentivo é não olhar esses espaços como sendo lugares que já foram utilizados e que não há possiblidade de utilização”, considerou, mencionando o exemplo de estacionamentos que podem não ser utilizados com a popularização do carro autônomo, mas que terão novas aplicações.

Na visão de Stella, o tema que a ABRAFAC trouxe para falar sobre o futuro dos espaços por esse viés das cidades inteligentes é muito importante.

“Podemos mostrar que sim, as pessoas que têm experiência na área de trabalho de facilities e de logística, elas também podem empreender e encontrar ações para realizarem dentro do movimento de cidades inteligente. A pesquisa e o trabalho com Smart City não são apenas de um setor exclusivo. Quanto mais trouxer pessoas que têm interesse em participar de maneiras, mais efetivas no espaço urbano, pessoas que estão pensando como é que a gente pode usar a tecnologia de uma maneira muito mais acolhedora, pensando em sustentabilidade nas relações de como que o meio ambiente pode ser um aliado dentro desses espaços urbanos”, disse.

“É muito importante abrir o espaço para o tema. Nesse momento, as pessoas que já têm experiência com facilities e logística também podem empreender dentro do tema de cidades inteligentes. Acredito que esse é o ponto que eu destaco, além da produtividade que foi nosso painel agora falando sobre o futuro dos espaços e esse uso da tecnologia para chamar atenção. Podemos usar essas informações que já estão no espaço urbano para termos espaços mais acolhedores e não deixar os espaços sub- utilizados dentro do perímetro urbano”, afirmou também.

Roberto Engler comentou sobre a iniciativa da ABRAFAC de realizar o congresso em um formato híbrido e a relação com o tema discutido. “Certamente um evento como esse tem tudo a ver com o conceito de cidade inteligente, pensando no conceito incluindo a parte de edifícios inteligentes”, disse. “Esse tipo de evento vai ser uma realidade daqui para frente, com participação virtual e física de palestrantes e convidados. Isso passa a ser uma realidade e com isso o planejamento dos workplaces, das pessoas e o planejamento das cidades para os eventos, que exige uma mobilização de infraestrutura, utilities, transporte. Qual vai ser o impacto dessa nova realidade nesses conceitos que têm tudo a ver com cidades inteligentes?”, questionou.  “Essa questão de termos eventos híbridos, como foi o da ABRAFAC, é um tempero novo, um componente novo que a gente vai passar a ter daqui para frente, vai se tornar comum. Portanto é um componente importante em todo o planejamento, não só das cidades inteligentes propriamente ditas, como também dos espaços de escritórios, dos smart buildings’, concluiu Roberto Engler

Por Comunicação ABRAFAC

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