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Webinar foi realizado nesta quarta-feira, 15, com participação de Thiago Santana, presidente da ABRAFAC

O 11º Fórum de Instalações da Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações contou com a presença da ABRAFAC – Associação Brasileira de Facilities. O webinar realizado nesta quarta-feira, 15 de julho, teve como tema “Desafios no processo de reativação de sistemas prediais pós-covid-19”.

O tema foi debatido pelo presidente da ABRAFAC, Thiago Santana, junto ao engenheiro químico e diretor da Divisão Água para América Latina da NSF International, Marcos Bensoussan, e o engenheiro industrial eletricista e conselheiro da Abrinstal, Luiz Olimpio Costi. A mediação foi feita pelo engenheiro Jorge Chaguri Junior, também representando a Abrinstal.

Para o debate, Thiago Santana trouxe uma visão sobre como a ABRAFAC está trabalhando com o tema de edificação e operação predial a partir da covid-19. Além disso, detalhou os elementos trazidos pela pandemia que devem ser incorporados nas discussões, análises e planejamentos de como manter as edificações.

“Bem ou mal, as organizações já possuem alguns protocolos para respostas de alguns riscos conhecidos, como por exemplo para responder no caso de uma greve do transporte público ou quebra de cadeia de fornecimento”, disse.

“O risco infectocontagioso vai forçar a gente a incluir um novo protocolo na gestão dos nossos espaços de trabalho. O que estamos aprendendo como gestão de facilities é que elementos precisamos entender para responder melhor, não só agora no curtíssimo prazo, para garantir a segurança da ocupação das instalações nesse retorno, mas também quando acontecer de novo”, detalhou o presidente da ABRAFAC.

Além disso, Thiago Santana ressaltou que é preciso entender o formato de transmissão da Covid-19 e outras doenças infectocontagiosas que possam surgir. Outro aspecto que envolve a gestão de estrutura e o Facility Management é o comportamento do vírus nas superfícies, que também deve ser observado.

Por fim, o presidente da ABRAFAC afirmou também que é preciso atenção com relação à infraestrutura dos ambientes. Neste caso, por exemplo, voltou a preocupação sobre índice de renovação de ar e filtragem de sistemas de ar-condicionado.

“Até este momento, ninguém sabe exatamente com precisão quais são as dimensões e variáveis desse caso específico e quanto tempo isso vai durar. O grande termômetro que a gente tem são as curvas, se está aumentando ou diminuindo o número de casos, mas certamente esses elementos, se estiverem no livro de qualquer gestor como ‘nas próximas partam desse princípio para desenvolver seu plano de ação’, certamente estaremos todos muito mais preparados para responder adequadamente quando novos problemas acontecerem”, finalizou Thiago Santana.

Baixa ocupação predial

Durante o fórum, também foi feita a apresentação dos principais desafios enfrentados em sistemas prediais após o surgimento da pandemia de covid-19. À luz destas questões, foi debatido o processo de reativação destes locais.

“O grande desafio nosso, que sempre projetamos, construímos, operamos e planejamos o edifício, vai estar na ocupação plena. Ou seja, sabemos que tem uma timeline entre entrega do edifício e ocupação plena, mas geralmente isso é curto. Agora estamos passando por um processo em que esses empreendimentos todos que foram construídos, instalados e estavam em sua plena ocupação estão vazios”, disse Chaguri Junior, citando como exemplo hotéis.

Com relação à retomada, foram mencionados aspectos que serão alterados na rotina das pessoas ao voltarem a ocupar os prédios que hoje estão vazios. Entre os pontos mencionados pelo mediador como mudanças, estão novas preocupações sanitárias, condições de saúde e hábitos diferentes.

Outros desafios

Além disso, com o isolamento social e baixa demanda nas edificações, haverá baixo uso de água, segundo Marcos Bensoussan. Assim, o engenheiro enumerou problemas causados por essa baixa circulação no sistema.

“Porque a água está com fluxo menor e está sendo menos consumida, a contaminação microbiológica começa a ampliar, o que traz bactérias e vírus que trazem problemas gastrointestinais e respiratórios, como a questão da Legionella. Outra coisa é que a própria água vai alterar sua característica estética, pode ficar mais turva. O nível de cloro também vai baixar, assim como a temperatura do sistema de água quente”, detalhou Bensoussan.

Por sua vez, Luiz Olimpio Costi ressaltou que prédios não são projetados para ficarem vazios ou com baixa ocupação. Da mesma forma, as demandas de água e energia também não são pensadas para serem tão baixas.

“Esse passa a ser um quesito com o qual a gente precisa se preocupar. O projeto vai ter que pensar nisso. A operação do projeto com menos ocupação precisa estar pensada desde a concepção dos sistemas”, disse Costi.

Durante o debate, os participantes também falaram sobre os próximos passos para superar estes desafios. Além disso, perguntas do público foram respondidas ao vivo. O evento foi aberto ao público e transmitido por meio do YouTube. Para conferir o debate, na íntegra, basta clicar aqui.

Por Jéssica Marques/Foco 21 Comunicação 

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