Conselheiro Thiago Santana
Conselheiro vê a ABRAFAC em um ótimo momento para alçar vôos maiores
As primeiras lembranças da ABRAFAC para Thiago Santana, ex-presidente e atual Conselheiro, remontam ao ano de 2009, quando se filiou à Associação. Na ocasião, a entidade contava com cinco anos de atividades.
“O CEO da empresa onde trabalhava participava de diversos eventos e nos incentivou a também fazer parte. Tenho até hoje o caderno comemorativo da celebração do quinto aniversário da ABRAFAC, onde consta o nome de todos os sócios ativos na ocasião. E meu nome está lá!”, relembra.
Assim como diversos colegas da área, Santana, 44 anos, encontrou o mercado de Faciliy Management por acaso. “Eu tinha apenas 20 anos e estava começando minha carreira. Cursava a faculdade de Tecnologia em Construção Civil e um colega de escola que trabalhava em uma empresa de manutenção me chamou para atuar com ele”, conta.
O ano era 1999 e o FM sequer tinha esta denominação, tão pouco era consolidado no mercado. No entanto, sete anos mais tarde, Santana aceitou um convite para uma nova oportunidade de trabalho em uma companhia maior, que integrava uma holding de serviços. “Foi aí que o termo Facility Management me foi oficialmente apresentado.”
Abrangência e importância do FM
A partir daí o entendimento da abrangência e da importância do FM nas corporações passou a fazer sentido para Santana. “Até hoje a área carece de desenvolvimento e comunicação com o mercado. Imagine 20 anos atrás. Desta forma, os investimentos no setor – em pessoas ou processos – ficaram alguns passos atrás em relação a outras áreas das empresas.”, aponta.
“Digamos que não era importante”, acrescenta, para prosseguir: “muita coisa mudou, felizmente, apesar de ainda encontrarmos rodo e pano sendo utilizados em atividades de higiene e conservação”.
Contudo, na visão do Conselheiro, a área tem conseguido tornar mais claras as atividades de Property, Workplace e Facility Management no mercado brasileiro. “Não por acaso esta é a Visão da ABRAFAC. O mercado tem, cada vez mais, percebido o tripé fundamental do FM em seus negócios: custos, infraestrutura e ambiente de trabalho como um diferencial competitivo.”, diz. Ele acrescenta ainda que, quando bem gerido, a percepção de valor ganha espaços importantes nas discussões em torno do FM.
Em sua visão, Santana destaca a importância do papel da ABRAFAC para o setor de FM. “Recorro mais uma vez aos pilares fundamentais da Associação, destacando a missão da ABRAFAC de promover a capacitação e reconhecimento do profissional de Property, Workplace e Facility Management, atuando como protagonista e catalisadora no desenvolvimento dos setores frente a mercados, governo e sociedade.”.
Para ele, pode até soar um tanto filosófico, mas o posicionamento estratégico da Associação ao perceber seu papel fomentando e influenciando na formação das pessoas, na conscientização dos mercados e das corporações sobre o negócio de FM é um tiro certeiro. “Este é o papel que uma entidade deve exercer na sua área de atuação”, afirma.
Entre as iniciativas empregadas pela ABRAFAC para impulsionar o segmento, Santana destaca: “sem sombra de dúvidas, a disseminação de conhecimento é o maior destaque da Associação, sobretudo através do Congresso ABRAFAC, do Prêmio Melhores do Ano e da Certificação C.11FM ABRAFAC.”
Moderação e equilíbrio
Integrando o Conselho de Administração na atual gestão, Santana enxerga uma dupla responsabilidade em seu papel. “Não só pela cadeira de Conselheiro, propriamente dita, mas também como ex-presidente. Gerir uma Associação tem os mesmos desafios e complexidades de uma empresa. E isto não é fácil, quando se tem além das obrigações do cargo, as demais responsabilidades de nossas vidas profissionais e pessoais.”, diz.
Ele segue explicando que a ampliação do número de conselheiros, que trouxe mais dinamismo e velocidade de execução de ações, também apresenta desafios adicionais.
“Procuro exercer um papel de moderação e equilíbrio entre as vontades e os anseios naturais que surgem quando colocamos tantas pessoas juntas, com aquilo que é possível e ser realizado dadas as limitações naturais de recursos e tempo impostas pelo trabalho voluntário”, assegura. “No final, a carga maior sempre recai primariamente sobre a Diretoria Executiva, que é quem possui a responsabilidade final – inclusive legal – perante a Associação”.
Onda de melhorias
Em resumo, Santana aponta que é muito gratificante ver como a ABRAFAC tem trilhado um caminho de desenvolvimento contínuo ao longo de suas gestões. “Um dos grandes dilemas do passado foi o temor de se iniciar um programa ou uma atividade que eventualmente gerasse obrigações para gestões futuras. Isto hoje não é mais um problema. Os ritos de governança, a criação de procedimentos de administração e a maturidade dos membros da Diretoria e do Conselho possibilitam à Associação alçar vôos maiores e mais ousados”.
O Conselheiro cita ainda o reconhecimento da profissão dentro do Código Brasileiro de Ocupações (CBO) e a Certificação C.11FM ABRAFAC como dois grandes exemplos de projetos que se iniciaram em uma gestão e ganharam maturidade em gestões seguintes.
“Assim, ao fim desta nova gestão e dado o direcionamento estratégico que a Diretoria Executiva tem demonstrado, prevejo uma maior relevância da ABRAFAC em outras praças do país, através de eventos e criação de Diretorias Regionais, uma maior representatividade dos Comitês Técnicos junto aos mercados, o crescimento do Congresso ABRAFAC e o Prêmio Melhores do Ano. E mais uma onda de melhoria nos processos e fluxos administrativos internos, criando ainda mais controle e transparência na gestão da entidade como um todo”, finaliza.