fbpx

Raul Evangelista, Gerente de Projetos para Serviços de Infraestrutura na IBM, apresentou a importância da diversidade sexual e de gêneros nas organizações

O Congresso & Expo ABRAFAC 2018 teve um enriquecedor painel chamado “Demografic Shift — Pessoas e Inclusão”. Nele, foram apresentados cases e a opinião de profissionais inseridos em questões que buscam difundir a importância da inclusão, diversidade sexual e de gêneros, e a acessibilidade dentro das organizações.

Anteriormente, contamos como foi a participação de Andrea Cerqueira, Diretora de Diversidade da ABRAFAC e presidente do Grupo Mulheres no Facilities e da Renata Andrade, Diretora de Técnica do Instituto Diversitas Soluções Inclusivas. Se perdeu, clique aqui e leia! Também apresentamos uma síntese do que foi a inspiradora palestra da Tabata Contri, consultora de inclusão de profissionais com deficiência e a primeira atriz cadeirante a fazer uma novela em nosso país (leia aqui).

Agora, trazemos um resumo da palestra de Raul Evangelista, Gerente de Projetos para Serviços de Infraestrutura na IBM, que falou sobre a inclusão e o respeito com os colaboradores de diferentes orientações sexuais e identidade de gêneros.

Formado em Produção Industrial no Instituto Federal de São Paulo, Raul é entusiasta em tecnologias disruptivas, e começou falando sobre a evolução exponencial das empresas tecnológicas. “Isso muda o nosso comportamento, pois as inovações tecnológicas facilitam as nossas vidas. Além disso, são acessíveis. Mas por que ela impacta assim? Porque ela é desenvolvida por pessoas e para as pessoas”.

Raul disse ter se perguntado sobre quais a pessoas que estavam sendo beneficiadas pela evolução da tecnologia. “A ideia sobre a evolução da diversidade ainda é muito linear, diferente do crescimento exponencial da tecnologia, por exemplo. Mas por que é irregular assim se a diversidade é algo histórico e da nossa natureza? Ainda falta muito a evoluir sobre esse assunto.”

Homofobia: risco à sociedade

Quando se fala da evolução da sexualidade, Raul pontuou que as pessoas ainda usam o termo “GLS”, quando outros perfis já foram incluídos, tornando-se a sigla LGBT, atualmente a mais correta. “A ideia não é colocar as pessoas em caixinhas, mas entender que somos diversos. O ser humano é a diversidade e cheio de variações e escolhas individuais”.

“A representatividade é muito importante. Só consegui me assumir, porque vi dentro da IBM essa segurança, conforto e liberdade”.

Para ilustrar o reflexo do descaso ou desinformação sobre essa transformação sexual, o palestrante deu como exemplo o alto índice de mortes de Transexuais no Brasil. De acordo com Raul, nosso país é o que mais mata esse perfil, fazendo com que a expectativa de vida desse grupo seja de apenas 35 anos.

“Me coloquei à prova pintando minhas unhas de rosa. Queria sentir na pele o que é ser um LGBT visível, pois até então eu podia parecer hétero se quisesse. E com as mesmas roupas de outros que pegavam o metrô comigo, pude sentir olhares diferentes e pessoas se afastando, apenas por causa dessa característica”.

Raul observou que a homofobia na sociedade é um risco não apenas para o LGBT, mas também para a sociedade. Afinal, existe o medo do preconceito que interfere na produtividade das empresas, reflete em salários mais baixos e até do risco de morte (principalmente em países que condenam essa condição).

“Porém, as empresas estão percebendo que oferecer um ambiente seguro, onde os colaboradores possam ser quem são, traz benefícios para ela própria. Existem pesquisas que relatam aumento da produtividade quando existe essa inclusão e apoio às causas”.

Ações de diversidade

Raul afirmou que o Watson (plataforma de serviços cognitivos) da IBM está sendo treinado para solucionar dúvidas relacionadas aos assuntos de diversidade sexual e inclusão. “Existem diversas formas de ajudar, por isso, temos treinamentos que visam desenvolver pessoas da comunidade que queiram crescer e se tornarem líderes.”

Raul explicou que eles não esperaram o setor de Recursos Humanos tomar atitudes, apesar da importância deles em ações do tipo. O Gestor deixou claro que essas ações devem partir das diversas áreas da empresa, incluindo os Gerentes de Facilities.

“A representatividade é muito importante. Só consegui me assumir porque vi dentro da IBM essa segurança, conforto e liberdade. Só consegui ser um líder, um gerente de pessoas, porque sei que a minha sexualidade é aceita e respeitada dentro da organização”.

Voluntário ativo na BRG LGBT, Raul identificou que, dentro dos eventos realizados, cerca de 95% dos participantes não possuem cargos de destaque nas organizações. “Será que não estamos contratando líderes ou os LGBTs não estão prontos? Estamos atrás de respostas”.

Para auxiliar essa questão, Raul disse que são oferecidos treinamentos com o foco de mostrar caminhos de se praticar a diversidade e inclusão. “A diversidade por si só não inova, a inclusão sim. Precisamos que todos estejam em um só lado, entender a diversidade e assim criar um ambiente que seja bom para todos, héteros ou não”.

Fique de olho em nosso blog para o resumo das outras palestras!

ASSOCIE-SE AGORA PARA TER ACESSO EXCLUSIVO AOS VÍDEOS DAS PALESTRAS DO CONGRESSO E RESPECTIVAS APRESENTAÇÕES, ALÉM DE GARANTIR A ENTRADA GRATUITA NA EDIÇÃO 2019!

Compartilhe nas redes sociais
30 maio 2019

Arquitetos e Facilities – A importância da conexão para a geração de valor

Muitos arquitetos questionam sobre quem procurar nas empresas para apresentar seus portfólios e como conseguir ser escolhido numa concorrência. Por outro lado, os colegas da área de facilities demandam arquitetos ou escritórios de arquitetura corporativa para melhoria do espaço de trabalho que sejam bons, baratos e rápidos.

Compartilhe nas redes sociais