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 Marcos Borges, Coordenador do Inmetro, abordará cases sobre sustentabilidade 

Chegamos ao século XXI com uma grande missão: atrasar o quanto for possível o desgaste da natureza, que vive prejudicada com a ação humana. Apostar em sustentabilidade no ambiente corporativo é uma questão de responsabilidade com o planeta e seus moradores, inclusive com a própria raça humana.  

Não é por menos que a sustentabilidade deixou de ser apenas uma frase nas políticas corporativas, e tem-se convertido cada vez mais em atitudes empresariais e pessoais em prol de uma sociedade que precisa se reinventar para garantir a longevidade de seus recursos.  

Durante o Congresso & Expo ABRAFAC 2018, será apresentado o Painel Sustainability: A gestão de recursos não só como política corporativa, mas como política atitudinal”. Nele, serão debatidas as principais tendências, tecnologias e sistemas atuantes a favor desta iniciativa de empregar sustentabilidade. 

O principal nome confirmado para o Painel é Marcos Borges, Coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem na Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Ele abordará o tema “A certificação em edificações Inmetro”. 

Em entrevista para o Blog da ABRAFAC, Marcos se mostra bem confiante com sua participação. “É uma oportunidade excelente para disseminar as informações do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem) e do PBE Edifica e para estar em contato com discussões atuais sobre sustentabilidade”, afirma. 

O palestrante também adiantou o que será apresentado durante sua participação no Congresso, além de apresentar dicas ao profissional de facilities sobre a temática em questão. Leia nossa entrevista na íntegra com Marcos Borges, Coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro: 

O assunto sustentabilidade está em alta. Você acredita que a mudança de comportamento já se incorporou na missão e visão das empresas?  

Do ponto de vista do Inmetro com as demandas por regulamentação nesta área, a ação é focada nas atribuições dadas pela lei que rege o Instituto, relacionadas com segurança e saúde dos consumidores, proteção ao meio ambiente e contra práticas enganosas. Importante considerar, também, que a regulamentação do Inmetro tem caráter suplementar, ou seja, só podemos atuar onde não existe um regulamentador já legalmente competente. 

Nesse sentido, há aspectos sobre a sustentabilidade que podem se transformar em requisitos para a regulamentação do Instituto. Temos atuado mais, na verdade, como provedores de programas de avaliação da conformidade para atender necessidades específicas da sociedade ou setores, como é o caso do Programa Brasileiro de Certificação de Florestas (CERFLOR). 

Sustentabilidade, entretanto, é um conceito maior que somente a questão ambiental e, nesse contexto, precisamos monitorar as tendências e necessidade da sociedade para estarmos prontos para atender, no que diz respeito a regulamentos técnicos e programas de avaliação da conformidade. 

O quanto de energia é desperdiçada em média atualmente nos prédios residenciais, comerciais, públicos e de serviços? 

As edificações das classes residencial, comercial e poder público representam cerca de 50% do consumo de energia elétrica no Brasil. Grande parte dessa energia é destinada a prover conforto ambiental aos usuários, por meio de sistemas artificiais de iluminação, climatização e aquecimento de água.  

O potencial técnico de economia em edificações existentes é estimado em 25%, enquanto que em prédios novos (nos quais pode-se considerar a eficiência energética nas edificações desde a fase de projeto) pode alcançar até 50%.  

Grande parte das edificações apresenta desperdício de energia por não considerar os importantes avanços ocorridos nas áreas de arquitetura bioclimática, materiais, equipamentos e tecnologia construtiva, que permitem um melhor uso da eletricidade sem abrir mão do conforto dos usuários. Para tanto, as soluções devem ser providas desde a fase do projeto arquitetônico, passando pela construção, até à utilização final. 

Do ponto de vista do consumo de energia durante a vida útil da edificação, inclusive, cabe considerar uma analogia com o carro que utilizamos para ir ao trabalho: o Inmetro etiqueta a eficiência energética e informa o consumo dos veículos, e isso permite que o consumidor, no momento da compra, possa perceber a diferença entre os modelos disponíveis dentro do seu poder de compra. Ao ser ensaiados em laboratórios, os carros são comparados naquelas condições perfeitas e isso serve de referência para a compra.  

No entanto, há uma segunda parte difícil de medir que é o uso real que os motoristas fazem. Se dirigem em trajetos engarrafados, utilizam a lotação máxima do veículo, dirigem de janelas abertas ou fechadas ou, ainda se fazem ou não a manutenção correta do carro e dos pneus são fatores que influenciam o gasto com combustível e o trabalho realizado.  

O mesmo vale para as edificações, ou seja, as edificações são etiquetadas segundo modelos cujas referências estão no projeto e depois na construção. O uso que será feito da edificação, entretanto, variará bastante de acordo com o perfil dos seus ocupantes. 

O que é eficiência energética aplicada a edificações? 

O Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica) é uma iniciativa do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e do Procel Edifica, coordenados respectivamente por Inmetro e Eletrobras. 

A etiqueta prevê classificações de A à E, dependendo do nível de eficiência de edificações residenciais, comerciais, públicas e de serviço. 

  • O processo de etiquetagem é composto de duas etapas: 

1) A 1ª corresponde à avaliação do projeto do edifício e é feita por organismo de inspeção acreditado pelo Inmetro com base nos projetos e nas especificações técnicas enviadas pelo proprietário. É nesta etapa que o nível de eficiência do edifício é calculado, sendo expedida a Etiqueta de Projeto. Ela deve ser feita mesmo se o edifício já estiver construído. A duração desta avaliação é de 15 a 60 dias, a depender da complexidade do projeto; 

2) A 2ª etapa do processo de etiquetagem é a inspeção do edifício construído, que deverá ser solicitada pelo proprietário ao organismo de inspeção acreditado após a obtenção do alvará de conclusão da obra. Nesta etapa, o organismo de inspeção verificará se os itens avaliados no projeto foram fielmente construídos e emitirá a Etiqueta do Edifício Construído, que pode ficar exposta no edifício. 

Os edifícios são avaliados segundo três sistemas individuais: envoltória (fachadas e cobertura), sistema de iluminação e sistema de ar condicionado. A classificação geral ponderará esses três sistemas, somando ainda bonificações, que podem ser obtidas através da economia do uso de água, do emprego de fontes alternativas de energia e de qualquer inovação tecnológica que resulte em economia de energia na edificação. 

Congresso & Expo ABRAFAC 2018: Inscreva-se!

Congresso & Expo ABRAFAC 2018 ocorrerá nos dias 26 e 27 de setembro no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo e mais de mil pessoas são esperadas pela organização. 

O evento conta com uma programação especial, repleta de temas que possuem grande relevância para o universo de facilities, onde empresários, especialistas e gestores apresentam cases, tendências e o que há de mais inovador no segmento. 

Não perca tempo e garanta a sua vaga! 

Para mais informações, acesse: https://abrafac.org.br/congresso

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