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Realizada em 30 de novembro de 2017, a reunião inicial de instalação da CEE-267 da Comissão de Estudos brasileira foi criada para implantar a normalização em Gerenciamento de Facilities no Brasil. 

Na ocasião, foi eleito Coordenador da Comissão o Prof. Dr. Moacyr Eduardo Alves da Graça, da Escola Politécnica da USP, que na oportunidade indicou para Secretário da Comissão o Eng. Luciano Brunherotto, representando a ABRAFAC. Participam da Comissão diversos representantes de entidades atuantes no setor, bem como profissionais de renomada experiência. 

A Comissão será espelho do ISO TC-267, atualmente encarregado de desenvolver a série ISO 41.000 no âmbito do Gerenciamento de Facilities. 

Segundo o Coordenador da Comissão, em sua exposição ao grupo, a questão básica associada à normalização do setor é a criação de um referencial comum que possa orientar as decisões de tomadores ou prestadores de serviço de maneira a fazer frente à intensa mudança de contexto no setor. Como os conceitos, princípios e critérios para a operação de serviços têm mudado continuamente, os usuários se tornam mais exigentes, e as empresas não têm acompanhado as exigências e as demandas das organizações na velocidade requerida. Espera-se que com a adoção de Normas, o setor possa ganhar mais agilidade, eficiência, efetividade e qualidade. 

“Empresas tomadoras ou prestadoras de serviços têm conceitos diferentes sobre as finalidades de operações de Gerenciamento de Facilidades. Os profissionais possuem opiniões diferentes. Porém, isso não é mais uma questão de opinião, já que existem definições internacionalmente aceitas. Um dos maiores benefícios da norma é de homogeneizar as diferentes visões de GF. A homogeneização da maneira de organizar e implantar sistemas gerenciais poderá trazer inúmeros benefícios para as organizações”. 

De acordo com o que pensa o Coordenador, a existência da normalização poderá dar mais visibilidade ao setor, melhorar a credibilidade, além de alavancar uma efetiva reorganização das empresas que vierem a utilizar as recomendações apontadas na normalização em tela. Há também a possibilidade de melhoria do relacionamento entre tomador e prestador. 

A existência da normalização e as importantes alterações da lei da terceirização podem ter reflexos profundos no mercado de serviços de infraestrutura corporativa. “A existência de Normas ajuda a disciplinar o setor e mostrar claramente quais são as atividades estão relacionadas com a operação de Facilidades Construídas,  tornando mais claro o mecanismo de gestão”, pontua Moacyr. 

Para Luciano Brunherotto, esse é um passo muito importante para o setor. “Assim como a evolução das normas em décadas anteriores, que enriqueceram o setor de Gerenciamento de Facilidades definindo padrões de qualidade e sustentabilidade, a ISO 41.000 pode ajudar a estabelecer a profissão no Brasil”. 

A Comissão terá como propósito inicial a tradução para o português das Normas ISO 41.011; ISO 41.012 e ISO 41.013 já publicadas em 2017.  

O passo seguinte será a tradução da norma ISO 41.001 que já se encontra com votação encerrada aguardando publicação. 

A Comissão, por meio de seu Coordenador, será representada nas reuniões do ISO TC-267 pois o Brasil passa a ter assento no Comitê TC-267 como membro participante. Contando agora com o Brasil o Comitê tem 27 Países atuando como membros Participantes e 18 Países membros Observadores. 

Alexandre Roxo, Diretor Regional da ABRAFAC no Rio de Janeiro, participou da elaboração da Comissão via teleconferência e reconhece a importância de tal mobilização. “Os profissionais de setor sobem um degrau em termos da ampliação de conhecimento e especialização ao se envolverem diretamente neste projeto. Será, em breve, um upgrade para todo o setor de Gerenciamento de Facilidades no Brasil”, afirma. 

Finalmente, aponta o Coordenador: “Fundamentalmente, este processo de normalização se instala para contribuir para a melhoraria do gerenciamento do desempenho de facilidades construídas, visando garantir a servibilidade e usabilidade dos ativos imobiliário, mediante ações mais bem regradas, tanto por tomadores como por prestadores de serviços. Isso resume a importância do processo de normalização no âmbito do gerenciamento de facilidades”. 

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