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Publicado em 05 de abril de 2017

“A verdadeira autoconfiança é a Coragem de se abrir- acolher as mudanças e as novas ideias, quaisquer que sejam a sua fonte. Reflete-se em disposição para crescer.

                                                                                                                                                                                   JACK WELCH

Uma das perguntas mais comuns feitas pelos líderes que conheço é: que estilo de liderança devo adotar em minhas equipes?

Na grande maioria das vezes a pergunta já vem seguida de duas opções: um estilo mais liberal, mais “paizão” ou “mãezona”, ou um estilo rígido, autoritário, que “desce a porrada” na equipe, porque, afinal de contas, “tem gente que só funciona assim”.

Esses são os extremos que as pessoas conseguem enxergar como opções, e é sempre importante lembrar que trabalhar nos extremos, na maioria das vezes, não é a melhor saída. Além disso, descobrir novas maneiras de agir, criar novas estratégias, novas possibilidades de motivar as pessoas são algumas das tarefas mais importantes de qualquer líder.

De qualquer maneira, vamos brevemente analisar essas duas opções. Vejamos a primeira: agradar muito, passar a mão na cabeça o tempo todo, querer ser muito “amigão” ou “amigona”. Esse tipo de postura costuma colocar as pessoas em uma zona de conforto da qual elas tem muita dificuldade em sair. Ela também pode criar uma expectativa, por parte dos liderados, de que basta agradar ao líder, sem pensar em resultados, para que o seu papel na equipe seja alcançado. No fim das contas, as pessoas acabam trabalhando para agradar ao líder, e não por um propósito maior.

A segunda opção também não tem se mostrado eficiente, uma vez que sabemos que as pessoas sob pressão constante- insatisfeitas, fazendo algo apenas pela obrigação de fazer, ficam bem longe de entregar seus melhores resultados- fazem quando são estimuladas a fazer, quando recebem ordens, e nada mais. No fim das contas, mais uma vez, as pessoas acabam trabalhando para agradar ao líder, e não por um propósito maior.

Mas então, que propósito maior seria esse? O que estou propondo hoje é que, sempre que surgir uma dúvida sobre qual o melhor caminho para obter os melhores resultados, você escolha o seguinte: o caminho em que o objetivo maior do líder é o crescimento das pessoas, e, por consequência, de suas equipes e empresas- afinal, uma empresa só poderá crescer se as pessoas que fazem parte dela crescerem.

Ouvi certa vez que liderar é muito similar ao trabalho  que os pais fazem conosco- eles querem o melhor para nós, e, por isso, exigem sempre o melhor, nos “cobrando” sempre o melhor desempenho; nem por isso deixam de nos amar, de dar alento quando preciso, de nos apoiar quando erramos, de manifestar o amor tão característico das mães e dos pais. De um lado, expectativa sobre o melhor, de outro, a compreensão com quem ainda está em desenvolvimento.

Crescimento, evolução, progresso contínuo é o que todo líder deve esperar das pessoas com quem trabalha e de sua equipe como um todo. E crescer é dolorido! Traz consigo conflitos, esforço, dedicação… dá muito trabalho crescer, e o líder deve ser apaixonado por esse trabalho; afinal, ele é o principal responsável por gerar processos para que as pessoas sejam cada dia melhores. O grande desafio dos líderes é gerar para os seus liderados condições que favoreçam essa evolução.

 Se você tem esse desejo, reconhece que esse é o caminho para fazer as pessoas, equipes, e, por consequência, a sua empresa crescer, procure colocar em prática as seguintes ações:

 Proponha desafios constantemente. A maneira de crescer é aprender coisas novas, e o aprendizado se dá com desafios constantes e crescentes.

 Seja tolerante com os erros. Tolere, mas corrija; dê autonomia, mas peça sempre o melhor das pessoas. Mais importante, apresente novas maneiras, novos caminhos, dê ferramentas.

Estimule trabalho em equipe. Sempre que houver maneiras de alguém fazer qualquer coisa em conjunto, escolha esse caminho!

Torne o processo mais importante que o resultado. Crie trajetos inclusivos, onde o aprendizado e a satisfação em fazer parte sejam a prioridade, e, ao final, sempre analise o que foi realizado.

Mantenha sob atenção essas duas trilogias:

-Ouvir-Dar Crédito-Instruir

– Aprendizado-Firmeza-Compaixão

Acredite no potencial e no desenvolvimento das pessoas. Quando você começou, você era muito diferente do que é hoje, e alguém acreditou em você- passe isso adiante.

Divida o crédito. Sempre compartilhe os méritos das vitórias com sua equipe.

Liderança é feita de crescimento e de paixão, e não de brilho individual. Seja um apaixonado por desenvolver pessoas, por novos desafios, por vencer obstáculos. Vá atrás de oportunidades, respeite e tire proveito dos conflitos, pois eles fazem parte da evolução, e, acima de tudo, esteja disposto a aprender sempre! Ao longo do tempo você irá perceber que esse é o melhor modelo de conduzir as pessoas aos melhores resultados.

Desde o dia em que você nasceu, todas as experiências colocadas em seu caminho, acredite  ou não, foram para o seu crescimento, para a sua evolução. A jornada da vida só faz sentido por isso, e, a partir do momento em que outras pessoas foram colocadas sob sua responsabilidade, o melhor que você tem a fazer é dar a elas a mesma oportunidade que um dia teve para ser melhor hoje do que era ontem.

Se o modelo de crescimento é o que você vai seguir a partir de hoje, pergunte-se diariamente: EU E MINHA EQUIPE FOMOS MELHORES HOJE DO QUE ONTEM?- e eu te garanto que essa pergunta vai levar você e todos os que estiverem ao seu redor a realizarem coisas que talvez hoje você nem consiga imaginar.

Coragem!

 Voltaremos a nos f
alar muito em breve, e estou certo de que vou te encontrar muito maior e melhor do que é hoje!

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