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Publicado em 12 de julho de 2018

Confira como foi o evento online realizado no dia 28 de junho

A mais nova edição do FM Tactics, realizado no dia 28 de junho, teve como tema “A Democratização do uso da energia elétrica”, palestrada por Roque Bittencourt Lopes, Fundador do Grupo Bittencourt Lopes, com atuação nas áreas de serviços imobiliários, administração patrimonial, incorporações imobiliárias e usinas solares. Roque também é conselheiro representante da área comercial do CCEC — Conselho dos Consumidores de Energia da Coelba.

Nosso blog segue com a palestra do especialista no assunto e que pode contribuir ainda mais para uma Gestão de Facilities eficaz.

De acordo com Roque, as modelagens possíveis de Geração Distribuída e Remota de Energia Elétrica são:

  • GD junto à carga: “Em São Paulo, o banco Itaú está analisando o processo para a implantação de Geração Distribuída, criando um pátio solar ao lado do centro de tecnologia”.
  • Condomínio com GD: “A opção principal é fazer o autoconsumo remoto”.
  • Autoconsumo remoto: “Quando sua própria empresa produz remotamente em outro local e é feita a compensação. Nesse modelo, é necessário que seja o mesmo titular, tanto pessoa física ou jurídica.”
  • GD Compartilhada: “Envolve condomínios, cooperativas e outras organizações”

“Esperamos que com o fim do ICMS dentro da cobrança da Energia em outros Estados, vamos ver a possibilidade de crescimento dos consórcios e cooperativas na aquisição desse negócio”, explicou Roque.

Redução de preço e manutenção da tendência: Wp (Watt-pico)

O especialista apresentou os dados que mostram a queda do preço em relação à implantação da solução.

  • 2006: 22,84 R$/Wp
  • 2010: 13,00 R$/Wp
  • 2013: 7,55 R$/Wp
  • 2015: 6,50 R$/Wp
  • 2017: 4,80 R$/Wp

Segundo Roque, o Brasil tem muito para angariar ótimos resultados com o modelo, já que possui um grande potencial de irradiação solar, uma curva negativa de preços, uma ampliação da capacidade de geração das placas novas e um cenário hoje, favorável de agentes financeiros, como o BNDS que está abrindo linhas de financiamento de 25 anos. “Se você analisar a questão de resultados, o payback se dá em 4 anos em média. Em casos específicos, até um pouco menos.”

Desafios Institucionais da Geração Distribuída

Roque apresentou os pontos que ainda são desafiadores para que o modelo seja realmente atrativo:

  • Divulgação;
  • Financiamento;
  • Isenção de ICMS nas novas modalidades.

Oportunidades no Brasil com Matéria Prima abundante:

O especialista aproveita para identificar alguns pontos que são cruciais para que o Brasil ascenda no mercado:

  • Promover a cooperação entre as expertises das empresas;
  • Criar oportunidades de negócios em conjunto;
  • Potencializar a inovação e a competitividade;
  • Desenvolver as capacidades do negócio;
  • Fomento de áreas de negócio e empreendedorismo.

Logo após a palestra, Roque respondeu algumas perguntas dos ouvintes: 

Qual seria o caminho para quebrar o monopólio da distribuição de energia elétrica?

Temos um caminho longo para resolver isso, mas sobre democratização, já está resolvida. Hoje em dia, financiando esses modelos, é possível ter retorno de quatro anos, o que é uma média confortável.

A que se deve essa queda no valor do Wp?

Esse mercado tem respondido a forte demanda, a expansão e a tecnologia que está sendo desenvolvida. Essas são as principais questões responsáveis pela queda do preço. Primeiro a escala que tem sido favorável e a tecnologia que tem ajudado para que a capacidade da geração das placas por m² tenha se ampliado.

Quais os cuidados que se deve ter na escolha de placas? 

O que temos hoje, mundialmente como referência, são as placas da Alemanha. Os chineses também entraram forte nessa área e estão produzindo bons equipamentos. Mas, a princípio a tecnologia alemã é a principal.

Já existe alguma empresa que está fazendo consórcios de GD? 

Na indústria não tenho conhecimento. Para elas, têm sido feitos o processo de auto geração, mas consórcio ainda não. Cooperativas também estão sendo criadas, todavia, o caminho para a parte da indústria, por segurança, seriam esses consórcios entre as empresas para a geração compartilhada.

Os sistemas de GD devem ter bancos de baterias ou não? Por quê?

Não é necessária a bateria, pois todo o sistema de GD deve ter a rede de conexão com a rede pública. Tudo o que você gera, vai para a rede da concessionária. Por isso, não é necessário ter essa parte de bateria, deixando que a concessionária seja a sua bateria.

Considerando a velocidade da evolução tecnológica e a melhora das placas, um payback de 4 anos não é elevado? Em dois anos, pode-se ter placas mais eficazes. O melhor não seria aguardar ainda mais a evolução da tecnologia?

Essa é uma análise muito particular. A variação cambial é um dos desafios, pois muitas dessas placas são de origem de importação. Esse preço impacta diretamente. Essa análise precisa ser feita de forma particular. Entendemos, no geral, que quatro anos é um prazo para retorno de investimento satisfatório. Mas conheço alguns casos de payback de três anos, isso depende do caso.

Grandes indústrias que comercializam energia na câmara de comercialização de energia elétrica, como você vê essas empresas migrando para energia solar?

Acredito que esse processo pode ser muito bem solucionado por um estudo que vai demonstrar que é possível criar um misto desse processo. Continuar com o mercado livre e ter um percentual no mercado livre. Aos poucos, vai se calibrando e descobrindo a tendência ideal. Depende muito do tamanho de consumo, capacidade de investimento, análise de retorno do investimento. Um bom princípio seria estudar um processo misto.

Do ponto de vista da indústria, qual seria o modelo mais atraente?

Individualmente, por indústria, acredito que o caminho mais viável é analisar a possibilidade de participar de um processo de autoconsumo, que pode ser no local ou remoto.

Existe a expectativa de uma ruptura nesse preço para baixo, devida a evolução da tecnologia de placas?

A tendência é essa. Prioritariamente, essas placas que são utilizadas no Brasil são importadas, então, o risco desse preço não cair depende do câmbio, mas no geral, a tendência é cair sim.

E a tecnologia italiana? Qual nível ela está? 

A Itália é um país que possui certa tradição nesse setor, no entanto, não possuo muita informação sobre os produtos deles. Os mais utilizados no mercado são os alemães e chineses.

Existem empresas nacionais que produzem essas placas de captação de energia solar? 

Sim, existem. Mas em relação à capacidade, preço e qualidade, as placas do exterior ainda oferecem mais vantagens. Nos orçamentos que participamos, isso ainda é bem claro.

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