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Evento online contou com um case de grande sucesso

Já pensou em uma significativa economia em um empreendimento? É esse o resultado de um projeto de retrofit de automação aliado à operação remota de utilidades que gerou nas contas de gás natural e de energia elétrica. A redução representou cerca de 30% no valor total das despesas dos insumos, que correspondem a cerca de 17 mil KW de energia e 17 mil m³ de gás natural.

O Blog da ABRAFAC traz hoje um resumo especial do evento FM Tactics: Eficiência energética e automação predial, realizado no formato de webinar em outubro desse ano.

O evento foi ministrado por: Brunno Paiva de Freitas, Account Manager na E-vertical Tecnologia, tendo 15 anos de experiência em gerenciamento de propriedades, infraestrutura e facilities; Ariel Martins Ralho, Tecnólogo em sistemas Elétricos na E-vertical; e André Lino, Engenheiro mecânico e responsável atualmente pela área Connected Building da Honeywell.

Brunno começou a palestra destacando a importância do tema, afinal, segundo ele, entre as 16 maiores potências do mundo, o Brasil ocupa apenas o 15º lugar no quesito eficiência energética, na frente apenas do México. “Existe muito espaço para trabalhar a eficiência em nosso país, devíamos priorizar isso”, destacou.

Usando dados do Procel, o palestrante pontuou que o consumo de energia elétrica nos empreendimentos comerciais brasileiros corresponde a cerca de 35% de toda a eletricidade de consumo no país. “São em aeroportos, hospitais, condomínios comerciais, entre outros. Nesses empreendimentos, pouco mais de 40% do consumo é voltado para o uso de ar condicionado”.

Case: Condomínio Torres Empresariais Ibirapuera

Brunno seguiu dando início ao estudo do caso de implantação de Retrofit, realizado entre 2016 e 2017 no Condomínio Torres Empresariais Ibirapuera. “Trata-se de um empreendimento comercial que abriga duas torres com 56 conjuntos comerciais cada; possui área total de 50 mil m² e está localizado no bairro de Moema, em São Paulo”.

Segundo o palestrante, junto com os responsáveis do empreendimento de 14 anos de existência, foi feito um diagnóstico que teve como principais tópicos:

  • Certificado LEED EB: O&M: O desafio de evolução da eficiência no consumo de insumos, redução de resíduos e melhoria contínua. “Eficiência energética tem um peso entre os mais de 100 itens auditados que são levados em conta para se ter esse certificado”.
  • Sistema de automação parcialmente funcional e limitado: A preocupação com falhas na operação humana.
  • Conforto e satisfação dos ocupantes com o ar condicionado: A atratividade do empreendimento (custo e benefícios). “O temor de Vacância baixa reflete em manter o empreendimento moderno”

Soluções sugeridas

Brunno apresentou o projeto de Retrofit de automação que foi sugerido, seguindo como base três pilares:

  • Retrofit de Software, Hardware e Periféricos da Automação: Ferramentas & Recursos com ênfase no sistema de ar condicionado. “Consiste em trocar os softwares e hardwares que não estavam mais funcionando”
  • Estudo de Cenários e Nova Lógica de Operação do BMS: Engenharia & Planejamento. “São feitas simulações e estudos para desenhar e programar o modo de trabalho mais eficiente e seguro.”
  • Desempenho e governança: controle & melhoria contínua. “A mensuração de insumos e resultados”.

Ferramentas & Recursos BMS (Building Management System)

André tomou a palavra, já que a Honeywell ofereceu a ferramenta para implantação da nova lógica. “O sistema de automação predial é uma ferramenta que tem como objetivo gerenciar o conforto, a funcionalidade, a eficiência e a segurança de um empreendimento comercial”.

“Além da função de gerenciar o consumo de energia e garantir mais eficiência, o BMS também engloba a parte de iluminação, sistemas de segurança e prevenção de incêndios. É uma plataforma de interface que agrega várias áreas”, explicou.

André explanou como funciona o sistema, que possui diversas inovações para avaliar o ambiente como um todo, não apenas a parte de software, mas com a presença de vários agentes em campo que ajudam a fiscalizar o funcionamento da plataforma.

A ferramenta também foca no conforto térmico ambiental. “Não se trata do ganho principal, porém é fundamental para a produtividade dos ocupantes do edifício. Um prédio que não possui uma automação, acaba gerando um desequilíbrio da temperatura, ficando por hora muito quente ou muito frio”.

André também destacou a importância do controle do nível de umidade e da concentração de dióxido de carbono. “Um ambiente sem a circulação de ar eficiente, pode gerar essa concentração de ar saturado, que pode ser bem prejudicial aos ocupantes”.

O antes e o depois

Ariel destacou que o cenário antes tinha como características:

Automação existente nas duas centrais de água gelada

  • Programação horária individual por equipamento;
  • Não haviam lógicas em gerenciadoras ou controladoras;
  • Não havia integração da leitura dos sensores na atuação dos equipamentos;
  • Sistema de automação, sensores e válvulas parcialmente funcionais.

De acordo com todos cálculos e pequisas realizados, Ariel pontuou que implantaram um novo sistema, com uma nova lógica de funcionamento que tinha como destaque:

  • Partida de CAG de forma automática;
  • RunTime de bombas e torres;
  • Incremento e decremento de Chiller e bombas pela carga térmica;
  • Torres de resfriamento trabalhando de forma retroalimentada para manter a temperatura ideal de condensação;
  • Controle de pressão na tubulação do secundário.

“Todo tempo estamos lendo a temperatura, fazendo a leitura da carga térmica e a lógica para decidir se é preciso aumentar ou manter o número de equipamentos em funcionamento”, acrescentou.

Brunno salientou que esse novo sistema de automação consegue ser inteligente, se comunicar com diversos sensores, motores e toma decisões. “O Ariel exercitou diferentes cenários para entender o que daria mais conforto, eficiência e segurança. Na prática, o sistema é um robô que foi programado para o melhor cenário”.

A terceira etapa tinha como objetivo tornar a operação remota do sistema de ar condicionado e de utilidades do empreendimento, após a inclusão de recursos, um sistema mais eficiente e moderno, e com condições de melhorar significativamente a operação.

O monitoramento tem grande importância para alcançar os objetivos, sendo válido deixar o controle para pessoas qualificadas manterem a “pilotagem” do projeto.

Resultados

Entregue em maio de 2017, o Retrofit teve economia média de 30%, que corresponde a 16.969,29 kW de energia e 17.806,13 m² de gás / mês.

“Após as pesquisas, os equipamentos movidos a gás natural, acabaram se transformando apenas como um backup, pois não havia mais sentido serem usados”, revelou Brunno.

LEMBRANDO QUE O ASSOCIADO DA ABRAFAC TEM ACESSO EXCLUSIVO PARA O VÍDEO DESSA E DE OUTRAS PALESTRAS NA ÍNTEGRA! SAIBA MAIS AQUI!

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