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Publicado em 02 de outubro de 2018

Executiva de sucesso ganhou a plateia com sua humildade e experiência profissional e de vida

Não é à toa que a executiva Rachel Maia foi a grande escolha para a palestra de abertura no 13º Congresso & Expo ABRAFAC, que ocorreu nos dias 26 e 27 de setembro, em São Paulo. Sua fala inspirou, fez refletir e motivou.

Nosso blog traz hoje um resumo especial sobre sua apresentação, que abordou, além de sua biografia, assuntos como empreendedorismo, liderança, diversidade, entre outros.

De forma bem-humorada, a palestrante logo cativou o auditório lotado de profissionais de Facilities que estavam ansiosos por conhecer sua história de vida e jornada profissional. Afinal, são mais de 18 anos de experiência como Diretora Geral, COO e CFO em grandes empresas do varejo.

A frustração, logo no início de sua carreira, de não saber falar inglês, a motivou em passar um tempo no Canadá para aprender a língua, mesmo passando por dificuldades financeiras.

“Sempre tive certeza que o conhecimento é um poder. E, para mim, estar me aprimorando, estudando e adquirindo aquele conhecimento que me levaria para o próximo degrau, era muito importante”, afirmou.

De acordo com Rachel, as empresas globais olhavam muito a questão das instituições de ensino na hora do recrutamento, mesmo se ela já estivesse consolidada na carreira. “Essa desigualdade era muito evidente. O que me fez buscar ainda mais especializações”.

Antes de assumir o cargo de Diretora Executiva na PANDORA, onde atuou desde 2010 até os dias atuais, Maia foi diretora financeira por 5 anos e CEO interina por 2 anos na Tiffany & Co. Brasil, onde foi responsável pela expansão dos negócios no Brasil e se reportou diretamente para a matriz nos EUA-NY para a CFO Global. Antes de 2000, ela foi Controller por quase 4 anos na empresa Novartis Farmacy.

“Quando aceitei ser diretora da marca PANDORA no Brasil, muitos me questionaram por qual razão eu aceitei atuar em uma empresa completamente desconhecida no país, sendo que o mercado estava aberto para mim. Mas eu gosto de desafios. E esse era o desafio da minha vida, fazer a marca acontecer no Brasil”.

Gestão de pessoas

Rachel no momento de sua palestra no Congresso & Expo ABRAFAC 2018

Na Pandora, sob sua liderança, a receita dobrou a cada ano por mais de sete anos. Como lição, Rachel citou que não bastava apenas crescer, mas deve-se ter primazia naquilo que se é proposto oferecer.

Sua ocupação como líder, também lhe rendeu grande experiência com funcionários e colegas de trabalho. “O ser humano é um dos ingredientes mais importantes da minha vida. Se você não sabe como tratar o próximo, não significa que você não possui uma linha de aprendizado. Porém, se você perceber que ultrapassou a linha do razoável na relação com alguém, é o momento de pedir desculpas”.

Para Rachel, quando se valoriza o próximo, o universo conspira a favor. “O conhecimento não vem só dos livros, a maturidade das pessoas é fundamental”.

Racismo x liderança

Rachel narrou uma situação em que foi julgada de forma preconceituosa. “Foi quando percebi que aquela batalha era da outra pessoa. Não é só palavra que discrimina, mas também a atitude, o olhar, a separação de grupos privilegiados e outros excluídos. Mas aquela luta era dela, pois ela sentiu muita dor com aquela discriminação quando percebeu seu ato”. Segundo a palestrante, a lição que ficou é que o racismo ainda existe e podemos, sem querer, cometer esse ato sem perceber.

Sobre o assunto, Rachel identificou que não podemos esperar, é necessária a mudança de comportamento o quanto antes. No entanto, ela afirmou que muitos a perguntam como fazer essas transformações no ambiente de trabalho. “Comece a olhar o seu entorno. Se o seu ciclo está muito parecido com você, ali não tem visão, não tem pensamento diverso, não tem transformação”, respondeu.

“O que serviu ontem e hoje, não servirá amanhã e você estará fora do mercado. Sem novos pensamentos, pensantes e inclusão de diversidade de pensamento, seu negócio está fadado ao fracasso. Se você não tiver essa percepção, está fora do jogo”.

Gravidez x trabalho

Seguindo sua palestra, Rachel narrou o momento em que ficou grávida, no auge de sua carreira profissional. “Minha filha veio quando eu estava com 40 anos. Comecei a avaliar que era uma executiva e solteira. Nesse momento, eu havia sido contratada pela Pandora. Com pensamento machista, fui pedir demissão, achando que não poderia mais exercer a função”.

A resposta de seu ex-presidente se tornou uma nova lição para sua vida. “Ele me disse: ‘se a sua filha não é empecilho para você, não será empecilho para o negócio’. Aprendi uma nova lição de vida: muitas vezes, ainda somos iguais ao julgar mulheres grávidas. O talento não está na barriga, está na pessoa”. No entanto, Rachel diz reconhecer que muitas profissionais são podadas quando voltam ao seu cargo após darem à luz.

Após a palestra, Rachel respondeu perguntas da plateia. Uma delas foi sobre a coragem de enfrentar desafios. A executiva respondeu que, apesar de muitas responsabilidades, ela gosta de enfrentar novidades. “Nunca tive medo ou fui inibida. A transparência e o planejamento sempre foram fundamentais para mim, então deixava claro o que queria na hora de assumir cargos. Ter essa estratégia sempre foi importante, mas não tinha certeza se daria certo”.

Rachel acrescentou que recebeu muitas respostas negativas na vida, mas soube aproveitar os poucos “sim” que conquistou. “Não tive só a sorte de estar no lugar e na hora certa, mas também me aprimorei e estudei para estar ali”.

Para o Blog da ABRAFAC, após sua palestra, Rachel respondeu algumas perguntas:

O Grupo Mulheres de Facilities está crescendo bastante, elas estão cada vez mais empoderadas. Como você define esse sucesso?

Trata-se de um movimento natural, em que as mulheres estão tendo consciência que podem fazer parte de lugares antes não habitados por elas. É simples e objetivo: se você quer, deseja e está se instruindo, você tem potencial. Não há mais essa divisão de gêneros, desde que você se instrua para tal. Isso é fundamental, pois, até mesmo para o improviso é necessária uma capacitação.

A arma contra o preconceito é a capacitação?

Ou mostrar o quanto o preconceituoso está perdendo com esse pensamento pequeno. Acredito que 50% da capacitação venha dos livros, mas os outros 50% são conquistados aprendendo com pessoas experientes e maduras.

Qual sua dica para as mulheres que desejam crescer profissionalmente?

Tenham foco. Temos consciência que temos mais responsabilidades, mas isso não pode ser um impeditivo para o nosso crescimento. Você é dona de sua escolha. A sua escolha precisa vir em detrimento do que você acredita, não por uma imposição da sociedade. Uma vez que você escolher, corra atrás. É o seu sonho!

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