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Publicado em 26 de setembro de 2018

Veja o que aconteceu no primeiro dia do mais importante evento de facilities do ano!

E começou o Congresso & Expo ABRAFAC 2018! Realizado este ano no Centro de Convenções Rebouças, São Paulo! Com auditório lotado, foram apresentados painéis sobre Legislações e Normas, Sustentabilidade, Pessoas e Inclusão e um bloco especial com CEOs, com a participação de presidentes de empresas que debateram sobre o contexto profissional e econômico atual.

Luciano Brunherotto, Presidente da ABRAFAC, abriu o evento agradecendo a todos os responsáveis por contribuírem, nesses 14 anos, pelo sucesso da associação. “Todas as diretorias e presidentes que passaram pela ABRAFAC deixaram um legado. O DNA da associação tem o respeito e a qualidade do nosso mercado”.

“A ABRAFAC é feita por todos vocês aqui. Estamos participando diretamente em diversas mudanças para o setor e ganhando relevância internacional”, afirmou o presidente.

Para Thiago Santana, Vice-Presidente da ABRAFAC, foram 10 meses de intensas reuniões e debates entre os envolvidos com o Congresso para oferecer o melhor conteúdo que seria exposto. “Este ano conseguimos fechar a participação de representantes de todos os continentes”.

Logo em seguida, começou a palestra de abertura realizada por Rachel Maia, executiva, conselheira DMK e colunista da Forbes Brasil e Revista Cláudia. Contando um pouco sobre sua inspiradora trajetória, Rachel surpreendeu mostrando como superou os desafios em um ambiente com grande preconceito contra mulheres e diferentes etnias.

“As empresas olhavam muito a questão das instituições de ensino na hora de contratar, apesar de eu ter uma profissão já consolidada. Essa desigualdade era muito evidente. O que me fez buscar ainda mais especializações”, afirmou.

Sobre a questão de racismo, Rachel revelou que já passou por situações do tipo, mas sempre enxergou que aquela batalha era da pessoa que cometia o ato, que logo precisava se retratar. “Não deixo isso me definir”, sintetizou.

Legislação e Normas

Welinton Mota, Diretor Tributário da Confirp Consultoria Contábil, abriu o painel dedicado à Legislação e Normas, falando sobre como a Reforma Trabalhista e Tributária pode afetar o setor de Facilities. “Para os empresários, a reforma cria um ambiente competitivo, diminui encargos trabalhistas e dá mais segurança jurídica ao empregador”.

Logo em seguida, a ISO 41.000 foi centro de um debate que contou com a participação de Irimar Palombo, Coordenadora de Infraestrutura na Gerência de Engenharia do SESC SP; Moacyr da Graça, professor e coordenador da Comissão de Estudos Especial CEE-267 Facility Management, da ABNT e membro do Comitê Técnico TC-267 Facility Management, da ISO; Ricardo Crepaldi, Fundador da Crepaldi Representações e Assessoria Ltda. e Presidente do GRUPAS; e Mauro Campos, MBA em Gerenciamento de Facilities pela Poli-USP e tradutor voluntário na ABNT para a tradução das normas da série 41.000 (FM).

“Com um padrão, é possível facilitar o treinamento da equipe, ter o credenciamento corporativo, o reconhecimento do mercado, e um investimento que se refletirá em rentabilidade”, pontuou Moacyr.

Para Irimar, a participação brasileira na definição das normas é fundamental para enriquecer o setor. “A cooperação internacional oferece soluções a partir de casos que deram certo em outros países, importantes para ampliar a produtividade e reduzir os custos”.

“É muito importante que os Gestores passem a utilizar as normas. Se os profissionais de facilities não usarem a mesma definição, o benchmarketing não existe”, acrescentou Mauro.

Demografic Shift — Pessoas e Inclusão

Após o almoço, chegou o momento do painel “Demografic Shift — Pessoas e Inclusão”, com a participação de Andrea Cerqueira, Diretora de Diversidade da ABRAFAC e presidente do Grupo Mulheres no Facilities; Renata Andrade, Diretora de Técnica do Instituto Diversitas Soluções Inclusivas; Tabata Contri, consultora de inclusão de profissionais com deficiência e a primeira atriz cadeirante a fazer uma novela em nosso país atriz; Raul Evangelista, Gerente de Projetos para Serviços de Infraestrutura na IBM;  Andrea Braune, Gerente de Facilities na Dow Química; Natália Betto, Diretora Executiva da Happy Life.

Andrea Cerqueira abriu o painel alertando que falar sobre diversidade não é mais uma escolha. “Precisamos falar agora do protagonismo do profissional de facilities sobre a questão. O conceito de inclusão tem a ver com todos, em oferecer condições para que cada pessoa tenha suas habilidades desenvolvidas para contribuir para um objetivo”.

Para Renata, pelo grande tempo que um profissional passa no ambiente de trabalho, esse local se torna essencial na vida das pessoas. “Se esse ambiente não oferecer acessibilidade, ele gera estresse. Essa situação atrapalha a aprendizagem. Se o facilities não desenvolver locais inclusivos, isso afetará a produtividade de diversos grupos”.

Em sua explanação, Tabata pontuou que cada área de uma empresa tem uma responsabilidade com a inclusão, inclusive o Facilities. “Esse assunto é importante, não apenas para dar mais autonomia aos beneficiados, mas também é uma questão de segurança geral”.

Raul contribuiu ao painel apresentando a necessidade de inclusão da diversidade de orientação sexual nas empresas. “A diversidade por si só não inova, mas a inclusão sim traz mais inovação”.

Ao mostrar o case sobre a Happy Life, empresa focada em mobilidade e acessibilidade corporativa, Natália disse que foi questionada por que a empresa foi investindo cada vez mais em acessibilidade e respondeu que era algo natural e estava na essência da empresa. “Fazendo esse investimento, tivemos um aumento de receita. No entanto, mais do que o aspecto do lucro, o que importa é o aspecto humano”.

Levando uma interprete em linguagem de libras para complementar a comunicação da palestra, Andrea Braune refletiu que quando se pensa em diversidade, geralmente se é levado em conta apenas a questão estrutural, porém, não deve ser apenas isso. “O profissional de facilities é o link, o aliado entre fornecedores e os usuários se beneficiarem juntos”.

Sustentabilidade e Painel CEOs

Seguindo o cronograma foi realizado o painel “Sustainability: A gestão de recursos não só como política corporativa, mas como política atitudinal”, em que Marcos Borges, coordenador da área de produtos eletroeletrônicos e do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) na Assessoria de Medidas Regulatórias do InMetro. “O PBE é estratégico. Quase metade da energia consumida no país é destinada às edificações”, explanou.

O primeiro dia foi finalizado pelo “Painel CEOs: O Ambiente de Negócios Brasil e as Oportunidades para a Cadeia de Serviços e Facilities”. Fizeram parte: Sérgio Athié, sócio-fundador e responsável pelo desenvolvimento e coordenação dos projetos da Athié Wohnrath; Flávio Tavares, Diretor de Marketing da GolSat e fundador do instituto PARAR; e Hamilton Quirino, Diretor de Operações na Sodexo.

A imprevisibilidade econômica foi um dos temas do painel que ganhou formato de debate. “Precisamos ser flexíveis, entender quem está chegando ao mercado, quais são os fornecedores com melhor custo benefício e como gerar um projeto de valor, dentro de um custo e uma expectativa que acomode o futuro que é incerto”, avaliou Sérgio Athié. Sobre o otimismo de melhora do mercado, o executivo disse perceber que o brasileiro é resiliente, às vezes prefere esquecer a política e a crise para, assim, seguir em frente.

Para Hamilton, essa mesma resiliência é a que impulsiona nas decisões de Gestores e líderes. “As decisões serão tomadas, só estamos esperando uma decisão do ambiente político e assim escolher quais oportunidades seguir”.

Flávio refletiu que a economia está se “descolando” da crise política e isso é positivo. “Vamos para as redes sociais e vemos como o brasileiro é passional nesse momento de corrida eleitoral, no entanto, não há mais tanto reflexo no cenário econômico”.

Sobre o futuro, Sérgio tem a expectativa que o novo profissional será mais criativo e inovador, além de buscar novas experiências com periodicidade, não se contentando apenas com um cargo. Hamilton observou que enquanto algumas profissões acabam, outras surgem.

Flávio acrescentou que as profissões que serão mantidas são as que tiverem o foco em pessoas. “Deve-se pensar na questão ‘o que eu posso fazer que um robô não faz?’”.

Amanhã, às 9h00, o Congresso & Expo ABRAFAC 2018 continua!

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