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Conheça inovações que podem auxiliar os gestores de facilities preocupados com gastos nas construções e com a sustentabilidade

Vivemos na Era da Sustentabilidade. E hoje ser sustentável no campo corporativo está muito além do que fazer ações de marketing sobre o assunto. Se comprometer em ser sustentável é mudar a forma de conduzir uma empresa, desde a sua estrutura física até as ações dos colaboradores. Nesse texto especial, trazemos uma entrevista com um especialista que apresenta inovações para reduzir gastos e desperdícios dos chamados “edifícios gastões”. 

O que define um Edifício Gastão? Em um artigo para a CIO, Marcus Granadeiro, engenheiro civil e presidente da Construtivo e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours), cita que são aqueles que na hora de serem construídos, foram feitos para custar menos na aquisição, mas acabam custando muito mais na operação. Geralmente, possuem equívocos na arquitetura e que acabam gastando mais água, luz, energia elétrica, entre outros fatores.

Dessa forma, o BIM (Building Information Model), a Internet das Coisas (IoT) e o BI (Business Intelligence) surgem como aliados para gestores de TI e facilities analisarem, construírem e preservarem de forma mais inteligente, econômica e sustentável as construções. 

“As três tecnologias e conceitos podem contribuir de forma individual e têm suas forças ampliadas se aplicadas de forma conjunta”, explica Marcus em entrevista especial para o Blog da Abrafac. “A internet das coisas gera informação, o Business Inteligence consegue tratar e agregar valor à informação, o BIM, modelo de informação da edificação, pode ser descrita como o lugar geométrico das informações.”

Marcus apresenta três exemplos práticos de como eles podem ser usados: 

IoT: Sensores monitoram o consumo de energia elétrica de uma escada rolante. Se ocorrer um consumo acima do normal, eles podem indicar a necessidade de uma manutenção e que um problema está para acontecer.

BI: Com todas as informações sobre o consumo elétrico, associado com o número de pessoas que transitaram e o histórico das temperaturas do passado, é possível simular o consumo energético em picos futuros, além de simular a troca de equipamentos, refletindo sobre diferentes cenários.

BIM: Trata-se do modelo digital do que existe no mundo real. Nele deverá constar a informação sobre o build, sobre a operação e tudo o que já aconteceu e o que foi feito em relação à instalação. Tudo isto é base fundamental para se operar e planejar uma operação eficiente.

Resultados e operação

De acordo com Marcus, a economia oriunda do uso dessas novas tecnologias na construção e manutenção de imóveis, vai depender do estado atual da operação e do tipo de edificação. “No entanto, não há dúvida que os resultados são de grande representatividade mesmo nos casos mais desfavoráveis para melhoria”, garante. 

Para ele, não há dicotomia em relação ao que é sustentável ou não sustentável. “O que existe são escalas de aplicação e estágios de operação referente ao quesito”, afirma o especialista.

Mas como uma empresa pode integrar equipes de TI e Facilities nessa empreitada tecnológica? O engenheiro avisa que isso não deve ser problema. “A TI precisa entender facilities e a facilities precisa entender de TI. O ideal é que não se tenha uma segregação, que se monte um time misto.”

Quando se fala de construções e manutenção de imóveis sustentáveis, Marcus destaca que tudo isso se trata de um processo. Segundo ele, é muito comum ver prédios projetados e construídos de forma sustentável, mas que são operados sem essa visão. “É um desperdício enorme”, conclui.

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